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Project Cars #187

The Best Of Project Cars: relembre a história do Honda Civic Coupé Supercharged

Estamos de volta com mais um Best of Project Cars e no episódio de hoje vamos relembrar a história do Honda Civic Coupé Supercharger do leitor Leandro Garcia.

 

O início

A história deste Project Cars começa nos games, quando Leandro conheceu e aprendeu a gostar dos modelos esportivos da Honda jogando Need For Speed Underground. Sabendo que seria impossível comprar seu Civic Si 2000 no Brasil, ele partiu para o plano B e decidiu procurar um Civic Coupé daquela geração — o que seria um problema, afinal, reza a lenda que somente 500 foram trazidos para o Brasil. Sem experiência com os Honda, Leandro acabou comprando um Civic LX quatro portas, com o qual ficou cinco anos, e depois o trocou por um Civic VTi 1995, que foi vendido para ajudar nas despesas de seu casamento.

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Sem um Honda para chamar de seu, Leandro decidiu que era hora de ir atrás do seu desejado Civic Coupé. Foi rápido: conversando com amigos, um deles disse que sabia de um Coupé a venda. Bastou uma volta com o carro e duas semanas depois o sonho estava na garagem de Leandro.

 

O projeto

O Civic EX era originalmente preto, com câmbio automático e motor 1.6 aspirado, mas Leandro tinha planos maiores para ele — afinal, seu sonho ainda era o Si 2000 que ele conheceu nos games. O projeto, portanto, começou com a definição da potência do carro: 200 cv, que seriam alcançados com um kit supercharger da Jackson Racing. Outra modificação seria o câmbio automático, que daria lugar a um câmbio manual de cinco marchas.

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O projeto, contudo, começou pelas rodas e pneus. A primeira coisa que Leandro fez, diante dos pneus carecas que estavam no carro, foi comprar um novo jogo de rodas e pneus. Também vieram um par de lanternas e o spoiler traseiro do Civic Si 2000 e um jogo de molas H&R.

Em seguida foi a vez da conversão da troca de câmbio. Leandro comprou um conjunto de câmbio manual, volante do motor e pedaleira, mas instalou tudo aos poucos — o que significa que o carro rodou por algum tempo com três pedais e câmbio automático! No fim, bastou fazer uma pequena adaptação no túnel, uma vez que o câmbio automático usa um recorte maior que o do câmbio manual, e a troca estava feita, como se tivesse saído da fábrica daquele jeito.

 

A troca de pele

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Depois das rodas, pneus e câmbio, o projeto continuou com um facelift do Civic para deixá-lo mais próximo do seu Si dos sonhos. Para fazer essa conversão Leandro começou a procurar peças usadas, porém originais Honda, pois as peças paralelas normalmente não dão um acabamento perfeito. Boa parte das peças foi encontrada na internet, caso dos para-choques que custaram apenas R$ 150 o par (!). Já os para-lamas ficaram mais caros, praticamente o preço de peças novas de marcas paralelas. No fim das contas, o facelift custou cerca de R$ 1.500, mas com a venda das peças que foram substituídas, o valor foi reduzido drasticamente.

Com o facelift pronto era chegada a hora da mudança da cor. Leandro optou por um azul semelhante ao do Civic Si original, porém em uma tonalidade usada pela Ford — seu primeiro carro fora um Escort azul. Além disso, seus outros dois Civic também eram azuis. O cupê não tinha como ser de outra cor, não é mesmo?

Diante de uma cotação de envelopamento muito fora de seu orçamento, Leandro decidiu envelopar por conta própria. Começou na sacada do seu apartamento, com a grade, spoiler traseiro e tampa do bocal do tanque. O restante da carroceria foi feito com a ajuda da família ao longo de quatro finais de semana.

 

O supercharger

O kit já estava comprado logo que Leandro pegou o carro, porém não estava completo e precisava de muito trabalho para ser instalado. Faltavam juntas e polia, o compressor estava praticamente sem o óleo, e também faltavam alguns sensores e mangueiras.

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Com isso, Leandro aproveitou para fazer uma polia menor que a original, de forma que a pressão máxima produzida fosse limitada a 0,6 bar, uma vez que seu motor tem os componentes internos originais. O kit também ganhou polimento dos dutos, para deixar todos iguais e aumentar o diâmetro da admissão para combinar com a TBI de 60 mm.

Como o compressor aparentava estar abusado, Leandro o desmontou e trocou todos os rolamentos, retentores e o óleo interno. Depois bastou um banho e tinta e pronto:

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A instalação foi simples: bastou tirar o coletor original, aparafusar o esticador da correia do alternador e instalar o coletor novo, com o suporte para o compressor:

Depois bastou fazer o acerto em dinamômetro e o resultado foi 182 cv nas rodas — somente 18 cv a menos que a meta de Leandro. Apesar disso, ele ficou satisfeito com o resultado, afinal, são quase 20 mkgf de torque constante logo acima de 1.00 rpm.

Não deixe de ler os posts originais do Project Cars #187

Parte 1 – a história do Civic Coupé

Parte 2 – a transformação visual

Parte 3 – a preparação