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Toyota vence as 24 Horas de Le Mans pela quarta vez, André Negrão fica em terceiro com a Alpine
A edição deste ano das 24 Horas de Le Mans viu a estreia dos Hypercars em La Sarthe, uma novidade que causou uma grande expectativa, afinal, o novo regulamento simplificou os carros, algo que, teoricamente, poderia trazer mais competitividade para a disputa da principal categoria.
Desde que a Porsche deixou o WEC, em 2017, a Toyota se tornou a única equipe a correr com um protótipo híbrido na categoria principal, a LMP1. Dadas as condições do regulamento, os protótipos híbridos eram significativamente mais potentes e mais rápidos que os demais protótipos LMP1 das equipes independentes. Mesmo com regras específicas de consumo energético e balanço de performance (BoP), os protótipos híbridos são máquinas completamente diferentes dos protótipos movidos a combustão, especialmente na questão da tração e entrega de potência.
Com o regulamento da Hypercars, o teto de potência caiu para 670 cv (o Toyota TS050 tinha 1.000 cv, sendo 500 cv do conjunto elétrico e 500 cv do motor a gasolina), pareando os protótipos ao menos neste aspecto, mas ainda assim, os protótipos híbridos da Toyota, agora batizados GR010 Hybrid, são muito superiores em desempenho com seu eixo dianteiro eletrificado e, apesar dos deslizes no início da prova, o ritmo de prova dos dois carros eram tão superiores que a SCG e a Alpine não tiveram chance de acompanhá-los ou mesmo de se defender, reduzindo suas chances de vitória a problemas mecânicos ou acidentes com a Toyota.
Com isso, os dois Toyota faturaram mais uma dobradinha em Mans, desta vez com o trio “azarado” dos anos anteriores, formado por Kamui Kobayashi, Mike Conway e José Maria Lopez. Atrás dos Toyota, com quatro voltas a menos que o vencedor e duas voltas a menos que o segundo colocado, ficou o Alpine A408 de André Negrão, Nicolas Lapierre e Matthieu Vaxivière.
Na LMP2, sempre a categoria mais disputada de Le Mans, a vitória ficou com o carro #31 da Team WRT, de Robin Frijns, Charles Milesi e Ferdinand von Habsburg, que terminou na mesma volta que o trio do carro #28 da JOTA, formado por Tom Blomqvist, Sean Gelael e Stoeffel Vandoorne. Nas GTE Pro e Am só deu Ferrari/AF Corse. Na GTE Pro foi o trio James Calado, Alessandro Pier Guidi e Côme Ledogar com a 488 GTE Evo, que levou a melhor na briga contra a Corvette Racing — sempre uma forte competidora em Le Mans. Na GTE Am o trio vencedor foi Nicklas Nielsen, François Perrodo e Alessio Rovera.
Quanto aos outros brasileiros, Felipe Fraga foi ao pódio da GTE Am ao terminar a corrida em segundo na categoria e 26º na geral. Pipo Derani e seus companheiros fecharam as 24 Horas em quarto lugar, atrás do Alpine #36 de Negrão. Daniel Serra e seus parceiros tiveram problemas ao longo da prova e terminaram em 5º lugar na GTE Pro/37º na Geral. Marcos Gomes e Felipe Nasr tiveram ainda mais azar e não concluíram a prova.
Em termos gerais as 24 Horas de Le Mans deste ano tiveram poucas surpresas, exceto pelos acidentes e derrapagens no início da prova, quando ainda chovia. Bastou a chuva cessar, para tudo se tornar mais previsível. Na próxima edição, em 2022, teremos finalmente um competidor para a Toyota com o retorno da Peugeot e, em 2023, a Ferrari deverá dar as caras novamente com um protótipo, depois de décadas fora da disputa na categoria principal. Pelo bem de Le Mans, esperamos que os novos concorrentes tragam um pouco mais de imprevisibilidade à corrida.
Muscle car elétrico da Dodge chega em dois anos
Quem diria que a Dodge, a marca que, em pleno 2018 lançou um muscle car de quase 900 cv com apenas um banco e capaz de levantar as rodas dianteiras na arrancada, está prestes a apresentar um “muscle car elétrico”?
Não é novidade e também nenhuma surpresa. Estamos em 2021 e os governos estão dando um pequeno empurrão na eletrificação dos veículos com suas metas de emissões cada vez mais próximas da utopia. Era apenas uma questão de tempo para que a Dodge se visse obrigada a adotar um motor elétrico para sobreviver. Foi justamente este o mote dos primeiros teasers deste futuro conceito elétrico que dará origem ao muscle car elétrico .A campanha teve que disfarçar a necessidade dizendo que “o desempenho nos fez fazer isso”, mas, na prática, todos sabemos que “a legislação ambiental os fez fazer isso”.
O carro será apresentado em 2022 na forma de conceito e, em 2024 chegará às ruas na versão de produção. Além dele, a Dodge também terá modelos híbridos do tipo plug-in, segundo o plano de eletrificação da marca, que será apresentado no final deste ano, de acordo com uma declaração do diretor-executivo da Dodge, Tim Kuniskis, ao site Auto News.
Segundo Kuniskis, a marca espera atrair um novo tipo de consumidor ao mesmo tempo em que mantém o público de hoje. Parece algo como unir o público de iPhone e Android em uma só marca, fazendo uma analogia com a tecnologia. Não soa como algo plausível, especialmente considerando o tipo de cliente que a Dodge cultivou desde que começou sua escalada de potência há cinco ou seis anos. A menos que os carros usem os sistemas híbridos-leves, como as picapes RAM (o que é provável considerando o compartilhamento de tecnologias), com a eletrificação realmente voltada ao desempenho — já que a comunicação e o marketing vão acabar escondendo a verdadeira missão da eletrificação, que é a maior eficiência.
Ainda é cedo para qualquer opinião, contudo. Considerando o excelente trabalho de marketing e imagem de marca que a Dodge tem feito nos últimos anos, a menos que alguém tome uma decisão muito equivocada, esta nova era da Dodge ligada na tomada tem potencial para ser mais “” do que “.
Aston Martin de 007 contra Goldfinger é encontrado depois de quase 25 anos
Há três anos conhecemos a história do Aston Martin DB5 de Goldfinger, que fora roubado de um hangar em Boca Ratón, Flórida, em 1997 e nunca mais foi visto. Na ocasião, falamos sobre o carro porque um agente especializado em recuperar obras de arte roubadas declarou que estava muito perto de encontrar o carro, na época desaparecido havia 21 anos.
Muito perto e rapidamente são referências relativas de tempo. Muito perto para um paulistano é um trajeto de cinco ou seis quilômetros. Para um morador do interior, isso pode ser a distância do centro da cidade até a zona rural, o que é percebido como longe para ele. Para o recuperador de obras de arte, “muito perto” se mede em poucos anos, pelo visto, porque somente agora, depois de três anos desde o anúncio de que ele estava “muito perto” de encontrar o Aston DB5 de James Bond, é que ele localizou o carro e confirmou sua autenticidade.
Na gravação de “007 Contra Goldfinger” (Goldfinger – 1964) a Aston Martin forneceu dois carros à Eon Productions (produtora da franquia até hoje): o protótipo original do DB5, usado em cenas “normais”, e um modelo de série usado nas cenas de ação. Ambos foram usados por Sean Connery, o James Bond “original”, mas o carro das cenas de ação é o mais valioso de todos os DB5 do agente secreto, mesmo tendo sido comprado por apenas US$ 250.000. Como isso é possível? Bem.. este valor foi pago há 32 anos. E o carro está desaparecido há 24 anos.
Depois de ser usado nas gravações de Goldfinger, o carro foi vendido ao colecionador Richard Losee diretamente da Aston Martin por US$ 12.000 (cerca de US$ 95.000 em 2018). Losee manteve o carro até 1986, quando o vendeu a outro colecionador chamado Anthony Pugliese III, que guardou o carro em um hangar no aeroporto de Boca Ratón, na Flórida. Foi neste hangar que o carro passou os 11 anos seguintes. Mas ele não saiu de lá porque Pugliese decidiu usá-lo com mais frequência ou vender o carro. Ele foi arrancado do hangar por ladrões, em uma operação digna dos filmes de espionagem — uma daquelas situações curiosas em que a vida imita a arte.
O roubo foi mesmo uma ação de cinema: nenhum alarme disparou, nenhum guarda desconfiou, nenhum outro veículo foi tocado ou movido ou danificado e nenhuma evidência da invasão e da remoção do carro foi deixada. Como explicaram os investigadores de polícia na época (e como bem sabemos hoje em dia), esse tipo de roubo é feito por encomenda. Assim, tudo o que restou do carro foram marcas de pneu no piso do hangar. Nenhum vidro foi quebrado e, pelo tempo da operação, é provável que nem mesmo arrombado o carro fora.
Na época a polícia trabalhou com a hipótese de que o carro tivesse sido arrastado para fora do hangar por um caminhão, usando uma corrente enrolada ao eixo traseiro do carro, mas o único carro visto na região naquela noite foi um Range Rover verde de um morador do bairro. Um SUV britânico como aquele dos vilões modernos de James Bond. Um coincidência curiosa em um fato ocorrido nos EUA.
O caso foi arquivado como não-solucionado, o que gerou uma série de especulações e lendas urbanas. Uma delas diz que o carro foi jogado no mar enquanto era transportado sobre as Florida Keys, e nas profundezas das águas cristalinas permanece até hoje. A história soa tão absurda que até impressiona que tenha se tornado tão popular. Afinal, quem gastaria uma fortuna para cometer um crime perfeito apenas para descartar um carro com potencial para custar milhões de dólares?
Aliás, na época do roubo Anthony Pugliese III estava iniciando o processo de avaliação do carro. Tendo passado dez anos guardado e com o antigomobilismo ganhando força e popularizando seu status de investimento, poderia ser uma boa hora de recuperar o valor investido e faturar algo.
Nos últimos 20 anos os entusiastas do personagem de Ian Fleming e da Aston Martin especularam a possível localização do carro e acreditava-se que o carro estaria no Oriente Médio. A especulação se confirmou: segundo o responsável pela busca do carro, Christopher Marinello, disse a um podcast do Telegraph dedicado ao roubo do carro que tomou conhecimento de um DB5 no Oriente Médio com o VIN correspondente ao do carro desaparecido. “Há vários colecionadores naqueles países e eu soube que o carro pode estar com um deles ou até mesmo trocado de mãos entre eles”, explicou Marinello ao Telegraph.
Ele espera que o atual proprietário do carro o procure voluntariamente antes de ele fazer o anúncio formal. “É minha política dar aos portadores de artefatos roubados a oportunidade de fazer a coisa certa”, explica. Ele também disse acreditar que o atual proprietário comprou o carro sem saber que ele fora roubado do colecionador Anthony Pugliese III. O programa do Telegraph está oferecendo uma recompensa de US$ 100.000 para quem trouxer informações que levem à recuperação do carro.
Corvette Z06 chega em outubro
A Chevrolet usou sua ida a Le Mans para divulgar um teaser oficial do novo Z06 e anunciar a data de lançamento do esportivo. O modelo chega em 26/10/2021 e, embora a Chevrolet não tenha divulgado nenhuma informação técnica do carro, já há alguns detalhes conhecidos.
Sabemos, por exemplo, que ele terá um V8 de 5,5 litros com virabrequim plano, exatamente como o C8.R que disputou as 24 Horas de Le Mans neste último fim de semana — e terminou em um respeitável segundo lugar. Ele também deverá ter mais potência que o carro de corrida (agradeça ao regulamento técnico), com cerca de 625 cv e 66,2 kgfm — pouco menos que seu antecessor, que tinha 659 cv, mas um ganho considerável sobre o modelo base, de 502 cv.
Além disso, as imagens já divulgadas deixam claro que ele terá uma dianteira bem mais agressiva, com um splitter frontal pronunciado, enquanto a traseira ganha a tradicional asa dos Z06 e um para-choques exclusivo, com as saídas de escape centralizadas e saídas de ar para os efeitos aerodinâmicos necessários.
A Chevrolet nunca foi muito de divulgar vídeos do Corvette em Nürburgring — até hoje não sabemos qual foi o tempo que a fabricante conseguiu atingir com o Z06 anterior no circuito. Mas, desta vez, o vídeo teaser começa com o carro em frente ao autódromo alemão e, considerando que o Z06 C7 fez 7:13 em um teste independente, é muito provável que este C8 de motor central-traseiro consiga esbarrar na marca de sete minutos e a GM, finalmente, volte a apresentar um teste oficial em Nürburgring.
Próximo BMW M5 será um V8 híbrido
A próxima geração do BMW M5 já está nas ruas, mas ainda muito camuflado. Difícil dizer como ele será apenas pelas fotos e vídeos, mas a imprensa europeia já apurou que ele será um híbrido de ligar na tomada (plug-in hybrid) com um motor V8 para fazer o trabalho principal de torná-lo esportivo.
A apuração é dos britânicos da Autocar, que descobriram com fontes ligadas à BMW que o próximo M5 terá um conjunto elétrico para produzir 200 cv e, juntamente com o V8 S63, chegar aos 750 cv. Ainda de acordo com a Autocar, ele será o último modelo a usar o motor S63/N63, uma vez que o próximo 545 irá abandonar o V8 biturbo em favor de um seis-em-linha de três litros combinado ao motor elétrico — ou seja: o motor elétrico terá um papel maior na produção de potência. Juntos eles terão cerca de 500 cv.
Tudo ainda é tratado no campo da especulação, com condicionais como “poderá” e “deverá”, mas, sinceramente, a dúvida se deve mais à utilização do V8 do que à hibridização, certo?