possivelmente um dos volkswagen mais belos de todos os tempos e digo isso para evitar a decreta lo o mais belo de todos o karmann ghia foi um modelo desejado em seu tempo de carro zero quilometro e tambem por isso um dos primeiros modelos da volkswagen a ganhar o status de colecionavel ja nos anos 1990 ele começou uma escalada de preços que apesar de se estabilizar por alguns periodos jamais foi interrompida nao e para menos foram feitos poucos exemplares 23 393 cupes e 177 conversiveis apesar da produçao de 10 anos e menos ainda sobreviveram considerando que eles começaram a ser salvos pelos colecionadores ha mais de 20 anos temos a combinaçao perfeita de fatores para a inflaçao de um modelo mas ele nao seria nada disso se nao fossem seus atributos seu nome diz tudo volkswagen karmann ghia tres empresas distintas referencia de qualidade em seus respectivos setores a volkswagen fez fama mundial pela robustez de seu conjunto mecanico a karmann e uma das mais bem sucedidas encarroçadoras da historia e a ghia e um dos consagrados estudios de design italianos como um carro deles poderia dar errado bonito confiavel robusto e bem construido o que mais alguem pode querer em um carro o karmann ghia foi concebido ainda nos anos 1950 criado para aproveitar o boom dos automoveis pos guerra foi apresentado nos saloes de paris e frankfurt em 1955 e naquele mesmo ano começou a ser produzido na alemanha ao brasil chegou em 1962 mesmo ano em que a willys lançou o primeiro esportivo nacional o interlagos o karmann ghia portanto foi o segundo esportivo nacional isso claro na proposta porque ele tinha um modesto motor 1200 de 30 cv pouco menos potente que o rival da willys overland tinha a seu favor contudo a confiabilidade conhecida da volkswagen e o visual matador em 1967 ele ganhou um novo motor 1500 de 44 cv que lhe deu um novo folego mantendo o restante das desejadas caracteristicas e em 1970 passou a ser equipado com um 1600 de 50 cv capaz de leva lo aos 140 km/h aquela altura contudo a volkswagen ja tinha outros planos para o segmento dos esportivos — especialmente por que novos rivais como o corcel gt e o puma que usava mecanica da propria volkswagen começavam a aparecer em 1972 ele deixou de ser produzido em favor do karmann ghia tc um esportivo maior e mais potente porem nao tao elegante seu periodo de esquecimento durou pouco valorizado ao longo dos anos 1970 ele passou apenas os anos 1980 e parte dos anos 1990 sendo um carro velho e logo se tornou um objeto de desejo para os entusiastas como dito anteriormente [caption id= attachment_289486 align= aligncenter width= 1600 ] foto autoentusiastas[/caption] colaboraram com este guia bernardo heller proprietario said ramos neto proprietario vinicius mamede proprietario qual modelo comprar antes de falar em modelo e melhor falar em estado de conservaçao o karmann ghia brasileiro embora semelhante ao alemao tem muitas peças exclusivas e elas foram produzidas em baixo volume nao se trata portanto de um fusca mais bonito como dizem alguns jocosamente e um carro para iniciados no antigomobilismo que tenham recursos para uma boa restauraçao nao se compara o restauro de um karmann ghia ao restauro de um fusca brasilia ou variant diz bernardo heller proprietario de um conversivel 1967 agora falando sobre qual modelo comprar se voce quer algo raro valioso e exclusivo e justamente o conversivel que voce deve procurar nao sera facil nem barato porque foram feitos apenas 177 e praticamente todos os sobreviventes ja estao em coleçoes nao e simplesmente uma questao de assinar o cheque; voce tera que encontrar um a venda primeiro depois os modelos mais antigos sao os mais valiosos porque sao mais raros sao mais delicados e mais harmonicos esteticamente tambem por isso sao mais dificeis de restaurar e igualmente dificeis de se encontrar em condiçoes de coleçao nessa primeira parte dos anos 60 eles tinham acabamentos mais refinados de interio re sao mais dificeis de restaurar nao se encontra um tecido pijaminha para os bancos por exemplo no maximo algo parecido tentativas de reproduçao entao quando surge algum modelo dessa fase muito original que preserve estofamento original certamente vai estar no topo dos valores explica heller os modelos 1972 tambem sao relativamente raros mas sao pouco conhecidos e por isso menos valorizados que os modelos mais antigos a faixa mais comum sao os modelos produzidos entre 1967 e 1971 que tem valores muito proximos de acordo com o estado de conservaçao quanto custam direto ao ponto os conversiveis ja estao na faixa dos r$ 200 000 girando entre os r$ 180 000 e r$ 250 000 o preço e justificavel sao carros rarissimos e muito dificeis de se restaurar pois ate mesmo a estrutura da capota e exclusiva do modelo brasileiro a demanda por ele e muito maior que a oferta e ele acaba sendo disputado pelos colecionadores os modelos cupe recentemente tiveram uma certa inflaçao nos valores anunciados mas em geral trocam de maos por entre r$ 75 000 e r$ 120 000 — de acordo com o estado de conservaçao claro quanto mais antigos e mais conservados mais alto sera o preço por ultimo ha os modelos para restaurar estes dependem muito do que ha de original no carro e da condiçao da carroceria que e dificilima de se alinhar os valores nao tem uma referencia mas recomenda se que nao se pague mais de r$ 40 000 em um destes porque o custo da restauraçao certamente ira ultrapassar o valor de mercado em que ficar de olho carroceria diferentemente da maioria dos carros da epoca a carroceria do karmann ghia nao tem paineis destacaveis alem das portas capo e tampa do porta malas a carroceria integral e um dos grandes atrativos do carro algo que permite que suas formas sejam tao limpas e tenham esta beleza atemporal mas ela tambem pode ser um problema como todo carro dos anos 1960 ela nao escapa dos problemas de corrosao fique atento as caixas de roda ao berço do estepe as grades da dianteira e ao acesso as caixas de ar ali originalmente ha uma peça conhecida como golfinho que normalmente esta ausente e permite a entrada de agua nas caixas de ar o que invariavelmente ira resultar em corrosao atente tambem para o padrao das lanternas como a base acumulava agua era comum haver corrosao por baixo das lanternas ao arrumar era tambem comum que o carro acabasse adaptado com as lanternas adotadas a partir de 1968 mais faceis de se encontrar veja mais adiante na seçao acabamento externo alem disso e imprescindivel verificar o alinhamento da carroceria do vinco na dianteira e prestar muita atençao aos para lamas traseiros porque na segunda metade de 1969 eles ficaram mais volumosos para acomodar a bitola mais larga que seria adotada a partir de 1970 — os modelos 1969 tem a carroceria larga com a bitola estreita e somente os posteriores a 1970 tem a carroceria larga com a bitola larga por ultimo os karmann ghia de 1962 ate o primeiro semestre de 1970 nao tem quebra vento nas portas os vidros laterais sao inteiriços o diminuto quebra vento foi adotado somente a partir do segundo semestre de 1970 pintura normalmente a pintura nao e um ponto de debate em nossos guias mas no caso do karmann ghia e importante mencionar porque ele teve dois padroes de pintura da carroceria entao para saber se o carro esta no padrao original e preciso conhece los a charmosa pintura saia e blusa foi o padrao de serie entre 1962 e o primeiro semestre de 1965 a partir do segundo semestre de 1965 ela passou a ser monocromatica ou seja apenas uma cor ha quem diga que em 1965 e 1966 a pintura saia e blusa foi um opcional de fabrica mas a informaçao nao e confirmada entao a menos que exista um exemplar original 65 66 com documentaçao comprobatoria da pintura saia e blusa original os modelos desse periodo devem ter pintura monocromatica acabamento externo este e um ponto de grande atençao porque ha muitos detalhes que podem confundir a inspeçao primeiro os para choques de lamina simples com picaretas e poleiro foram usados entre 1962 e 1969 a partir de 1970 os para choques passaram a usar um perfil mais retangular sem poleiro mas com as picaretas revestidas de borracha depois as lanternas traseiras entre 1962 e 1967 elas eram pequenas conhecidas como canoinha a partir de 1968 elas foram reestilizadas e ficaram maiores — estas sao exclusivas do modelo brasileiro mas sao mais comuns que as canoinhas todo karmann ghia usou farois selados sealed beam os emblemas tambem foram alterados ao longo dos anos em 1962 e 1963 o emblema dianteiro era metalico com o logotipo da volkswagen igual ao do karmann ghia alemao de 1964 em diante ele foi substituido pelo brasao da cidade de sao bernardo do campo o mesmo do volante tambem ha o emblema lateral da karmann ghia conhecido como morceguinho abaixo ele foi usado durante toda a produçao do modelo e tinha o emblema da ghia o logotipo karmann e ind brasileira subscrevendo ambos ele era posicionado a frente da porta no lado direito do carro na tampa do motor os modelos 1200 usavam apenas o emblema karmann ghia a partir de 1968 com a introduçao do motor 1500 o deslocamento passou a acompanhar o emblema do carro assim como o 1600 a partir do segundo semestre de 1970 os retrovisores tambem mudaram ao longo dos anos ate o primeiro semestre de 1970 ele usava um retrovisor de haste alongada em direçao a traseira do carro com fixaçao na lateral do capo a partir do segundo semestre de 1970 ele passou a ser o mesmo retrovisor raquete dos fusca ancorado na base da coluna a rodas o karmann ghia usou quatro modelos de rodas entre 1962 e 1964 eram as rodas sem janelas iguais as usadas pelo fusca em 1965 ele ganhou as rodas de 15 polegadas com 10 janelas tambem iguais as do fusca usadas ate 1968 a partir do segundo semestre de 1968 ele passou a usar as rodas com 20 janelas com o padrao de cinco furos que foram exclusivas do karmann ghia em 1970 quando o fusca ganhou as rodas de 20 janelas e padrao de quatro furos o karmann adotou as mesmas rodas agora com as mesmas calotas achatadas usadas pelo fusca antes delas as calotas foram sempre as tradicionais convexas com o logotipo da volkswagen em baixo relevo acabamento interno o karmann ghia teve dois designs de painel e quadro de instrumentos e quatro padroes de revestimento dos bancos de 1962 a 1967 ele tinha painel de dois tons com uma capa preta e a frente na cor da carroceria o quadro de instrumentos tinha dois instrumentos principais — um velocimetro na esquerda e um relogio na direita de corda em 1962 e 1963 e eletrico de 1964 a 1967 e o marcador do nivel de combustivel entre os dois o marcador e um ponto de atençao pois e proprio do karmann ghia e muito semelhante ao da kombi por isso muitos restauradores e proprietarios usam o marcador da kombi de 1968 ate o fim de sua produçao o karmann ghia ganhou um novo painel que substituia a frente colorida por um revestimento que imitava jacaranda neste painel ha um emblema karmann ghia acima do radio e o quadro de instrumentos passou a usar apenas um instrumento principal o velocimetro ladeado pelo relogio e pelo marcador de combustivel o grafismo do velocimetro e diferente dos anteriores sendo exclusivo do karmann o velocimetro tem escala de zero a 140 km/h ate 1966 e 20 a 160 km/h de 1967 em diante quando o grafismo foi atualizado em 1968 a escala 20 160 foi mantida o volante foi sempre do tipo calice porem era marfim e tinha raios separados por 180 graus raios retos de 1962 a 1967 e passou a ser preto com os raios angulados a partir de 1968 sempre com o aro da buzina cromado sempre com o brasao de sao bernardo do campo no centro ainda no interior ha diferenças na posiçao do tambor de partida do motor entre 1962 e 1964 ele ficava a esquerda do volante em 1965 ele passou a ficar na base da alavanca de cambio porem era muito inconveniente e era comum fazerem modificaçoes por isso e um ponto critico de atençao em 1968 devido a posiçao pouco convencional adotada anteriormente o tambor voltou ao painel porem agora a direita o cinzeiro se voce faz questao de extrema originalidade tambem era exclusivo do karmann ghia entre 1962 e 1967 ele tinha um cinzeiro com acabamento em chapa lisa na mesma cor da carroceria e puxador marfim o cinzeiro e muito semelhante ao usado pelos fuscas alemaes dos anos 1950 nas laterais traseiras por isso e muito raro e quando nao se usam o cinzeiro dos fuscas alemaes e comum usar o dos fuscas brasileiros dos anos 1960 com a face ondulada cromada nos paineis de jacaranda o cinzeiro passa a usar uma chapa lisa cromada com abertura tipo gaveta muito parecido com o dos porsche da epoca por essa razao e comum importar o dos porsche para substituir um destes ausente ou danificado quanto aos bancos o karmann ghia usou entre 1962 e 1965 um padrao de courvim com a parte central de tecido muito parecido com padrao pijaminha dos fuscas da epoca com opçoes de cores em 1966 ele passou a ser de courvim e ganhou um formato mais anatomico no ano seguinte o courvim ganhou opçoes de cores mas a partir de 1968 ele passou a ser oferecido apenas com courvim preto em 1970 ele mudou para o padrao que seria adotado no karmann ghia tc com gomos na parte central e revestimento liso nas bordas do assento e encosto motor/eletrica o karmann ghia brasileiro nunca teve o motor 1300 como o modelo alemao por aqui ele teve o motor 1200 de 30 cv entre 1962 e 1966 ganhando o novo motor 1500 de 44 cv em 1967 ate ali o sistema eletrico era de 6 volts como nos fusca em 1968 o sistema passou a usar tensao de 12 volts o que permaneceu ate o fim da produçao do modelo sendo mantida tambem com o novo motor 1600 de 50 cv adotado no segundo semestre de 1970 [gallery type= grid link= file columns= 2 size= medium ids= 289477 289478 ] o motor do karmann ghia era sutilmente diferente do fusca mas facil de ser notado pela diferença do filtro de ar no fusca ele ficava numa panela diretamente montada no topo do carburador acima a direita no karmann ghia ele era instalado na lateral esquerda do motor com um tubo de admissao ate o carburador acima a esquerda conversivel foram feitos apenas 177 exemplares conversiveis do karmann ghia no brasil neste guia vamos nos concentrar apenas nos modelos brasileiros pois a conversao dos cupes de forma artesanal a medida em que o carro desvalorizou era uma pratica relativamente comum no brasil para saber se o carro e original ha tres elementos que devem ser observados no bagageiro abaixo da plaqueta da volkswagen ha uma plaqueta menor da karmann ghia do brasil que identifica a numeraçao do carro esta numeraçao começou do zero para os conversiveis e deve ser imprescindivelmente compreendida entre 0001 e 0177 como uma plaqueta e relativamente simples de se reproduzir verifique tambem se o numero bate com o numero gravado na travessa de apoio do tanque de combustivel na propria estrutura da carroceria mesmo os carros repintados ainda tem a gravaçao no lado direito desta barra esquerdo para quem a ve de frente por ultimo verifique na estrutura da capota onde ficaria a coluna b do cupe se o numero coincide com a plaqueta e a gravaçao da travessa infelizmente se os tres elementos estiverem coincidentes ha uma grande chance de ser um karmann ghia conversivel original infelizmente a gravaçao da estrutura da capota e delicada e pode se apagar nas restauraçoes por isso alem do padrao original que e claramente superior a uma armaçao artesanal atente tambem a um detalhe que poucas conversoes independentes resolvem devido a raridade do componente o vidro da porta no conversivel tem a quina superior traseira curvada para encaixar na capota as conversoes mantem o vidro do cupe que tem a quina com um angulo retilineo onde comprar peças bem aqui e um dos pontos mais delicados do karmann ghia com exceçao da mecanica e suspensao todo o restante sao peças exclusivas que nao sao mais produzidas por nenhuma marca devido ao baixo volume de exemplares sobreviventes entao voce tera que contar com os artesaos que reproduzem alguns componentes e precisara garimpar nos grupos de facebook olx e mercado livre e e isso nao ha o que fazer nao ha onde encontrar as peças assim facilmente depoimentos bernardo heller minha relaçao com o karmann ghia na verdade e hereditaria na metade dos anos 1970 meu pai foi a sc em busca de um triumph spitfire modelo que ele gostava muito infelizmente acabou se deparando com um carro podre demais na ocasiao o intermediario que havia indicado o triumph relatou saber de um carro parecido que tambem estava a venda e na verdade se tratava de um karmann ghia conversivel 1970 que mesmo com poucos anos de uso em cidade litoranea ja mostrava diversos pontos de corrosao demonstrando os probleminhas cronicos do modelo e o carro acabou vindo para curitiba foi o segundo carro do meu pai que apos restaura lo e curtir o carro por anos acabou vendendo o modelo para comprar um chevette hatch hoje um negocio impensavel mas que a epoca fazia sentido esse gosto sempre permaneceu e claro peguei por osmose desde que me conheço por gente falamos do karmann que ele teve na juventude e o carro sempre esteve em nosso radar entao o gosto pelo modelo sempre foi alimentado em 2007 adquirimos o karmann ghia type 34 que ja foi materia aqui no flatout o que expandiu mais ainda essa atraçao pelo modelo mas um tipo 14 nacional ainda faltava para preencher a garagem https //flatout com br/o karmann ghia type 34 da familia heller flatout classics/ ao final de 2017 apos uma tentativa frustrada de readquirir o conversivel que foi do meu pai nos anos 1970 acabamos nos deparando com um conversivel modelo 1968 carroceria 044 a venda em sp e foi amor a primeira vista o negocio nao aconteceu de primeira e depois de muita conversa e alguns carros no negocio finalmente ele veio para casa e um carro que curtimos muito e pegamos a estrada sempre que possivel acho que ele nesse quesito ele perde apenas para o type 34 o viajante oficial da garagem adoramos o modelo conversivel e sua versatilidade mas mesmo assim algo por aqui e unanime o design do modelo coupe e muito mais lindo que o conversivel e e provavelmente o modelo mais lindo que a volkswagen ja comercializou no brasil quem sabe no futuro fazemos um par
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