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Project Cars Project Cars #120

Um C4 “VTS” feito por conta própria: confira os primeiros passos da transformação do Project Cars #120

Olá pessoal do FlatOut! Primeiramente gostaria de agradecer a todos os comentários e críticas referentes ao primeiro post no Project Cars – se é que alguém ainda se lembra, pois estou em dívida com o site há algum tempo!

 

LA PARFUMERIE FRANÇAISE

Como eu havia explicado meses atrás, a essência do meu projeto é transformar o carro no que poderia ter sido uma versão de fábrica mais equipada e apimentada, um C4 Hatch VTS – sigla que é a abreviação de “vitesse”, velocidade em francês, e nomeia a versão topo de linha do irmão de duas portas, de 177 cv.

Como todo carro francês, de maneira geral, é cheio de mimos e “perfumaria”, minhas primeiras mods foram no interior do C4, que me cativou pelo design marcante e pela possibilidade de modificá-lo sem comprometer o equilíbrio do conjunto.

Foto 1

Originalmente o C4 Exclusive Sport 10/11 manual vem com um volante de plástico igual ao da versão de entrada, a GLX, o qual brevemente foi trocado pelo volante de couro da versão Exclusive automática. Passados dois anos, já em meados de 2013, o volante foi trocado novamente por um de couro de C4 Grand Picasso. Inspirando-me no DS3 Racing, envelopei os adereços plásticos deste volante com adesivo imitando fibra de carbono – ok, fibra de carbono de verdade seria MUITO mais legal, mas apesar de não ser adepto do “parece, mas não é”, curti muito o adesivo Scotchprint da 3M e acabei envelopando outras peças internas, como a tampa do cinzeiro, molduras de maçanetas, base do display do velocímetro e saídas laterais do ar-condicionado.

Foto 3 Foto 2

O próximo passo foi completar o painel de botões auxiliares que fica ao lado esquerdo do motorista, próximo ao volante. Enquanto no C4 VTS existem quatro botões (desligar ESP, sensores de estacionamento, alarme volumétrico e sensores de mudança de faixa involuntária), meu carro possuía apenas os dois primeiros. O alarme foi a parte fácil, pois consegui um kit por uma pechincha no eBay, que veio com o módulo e sensores originais, necessitando comprar separadamente apenas o botão de desligamento e o console de teto com encaixes para sensores. Além de manter esse aspecto original, funciona perfeitamente e sem aquele BLEEP chato ao trancar/destrancar o carro.

Mas ainda faltava um botão, e importar todo o sistema de monitoramento de mudança involuntária de faixa, além de não me parecer muito interessante – tenho um vício saudável em utilizar a chave de seta – seria muito caro. Então, resolvi correr atrás de algo que sentia necessidade desde que peguei o carro: comando de abertura interna do tanque. Através do C4Clube fiquei sabendo que somente os modelos C4 na China haviam recebido essa função, e como a fabricação das peças lá é em joint venture com a chinesa Dongfeng, não é possível comprar as peças próprias de lá nas concessionárias daqui ou até mesmo da Europa, pois elas nem sequer aparecem na listagem (no Citroën Service para os entendidos). Mais de um ano se passou até conseguir encontrar as benditas peças chinesas, e nisso o carro recebeu mais peças do facelift chinês: lanternas de LED e o “mini aerofólio” (spoiler) traseiro, que foi apelidado carinhosamente de “aeroxing”.

 

Além de tudo isso, o carro recebeu dois pequenos detalhes que praticamente são encontrados só nos carros verdadeiramente europeus da marca: a chave inibidora do airbag do passageiro no porta-luvas e os sensores de afivelamento em todos os cintos de segurança. Apesar de parecer besteira, considero os sensores de afivelamento relevantes, pois forçam os passageiros do banco de trás a usarem o cinto sem que o motorista precise cobrar, visto que a grande maioria não usa ou nem sequer se preocupa. De brinde ainda ganhei luzes extras se acendendo no painel toda vez que ligo o carro, algo que aqui em terras tupiniquins originalmente se vê apenas no C4 VTR.

Foto 7

Foto 8

Já nesses últimos meses que sucederam meu último post, tentei instalar também os bancos elétricos do C5, que acreditava serem plug & play e não são, devido a uma pequena diferença da dimensão dos trilhos. Por falta de tempo, ainda não terminei a mod, preciso providenciar adaptadores e passar os fios de alimentação…

 

 

NAVIDRIVE

Ainda em meados de 2011, um aspecto que me incomodava era o conjunto rádio e computador de bordo original. Embora não deixassem nada a desejar – afinal ofereciam Bluetooth para modo “mãos-livres” e streaming de áudio, entrada USB, informações do carro e integração com os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros; a meu ver o pequeno display simplesmente não fazia jus ao reluzente painel digital. Além disso, chamava-me a atenção o fato de que alguns C4 VTR haviam vindo para o Brasil com o NaviDrive RT3, o sistema de navegação e entretenimento original da PSA com tela de 7 polegadas, produzido pela Magneti Marelli. Contudo, o RT3 já era bem arcaico, sem USB nem Bluetooth, e não oferecia mapas para o nosso país, e já havia sido substituído na Europa pelos RT4, RT5 e RNEG, nos carros com fachada 1DIN, e pelo RT6 nos DS4 e DS5 apenas, com fachada integrada ao resto do painel.

Foi então que, ao olhar algumas fotos dos DS, percebi que a tela era praticamente igual a que estava vindo como opcional na versão topo de linha do recém-lançado Aircross. Mesmo sem encontrar nenhuma referência ao aparelho RT6 em formato 1DIN na Europa – e após bastante insistência para obter permissão, arregacei as mangas para transplantar o RT6 do Aircross que ocupava a garagem da família na época para o painel do C4. Devido ao volante cheio de botões e à maior complexidade dos menus do computador de bordo do C4, o transplante não apenas foi um sucesso como permitiu um melhor aproveitamento do NaviDrive.

À medida que o tempo passou e o RT6 1DIN se popularizou, junto com amigos do fórum C4Clube.com e com a ajuda indispensável de pessoas de outros países, como Itália e Rússia, novas funções para o RT6 foram estudadas e desbloqueadas. Atualmente, habilitar skin themes extras, exibição das temperaturas do óleo e da água do motor, e instalar alertas de radar e zonas de perigo no mapa brasileiro, são modificações fáceis de se fazer e bem disseminadas na internet, seja nos fóruns nacionais ou estrangeiros, beneficiando inúmeros proprietários do sistema RT que querem “algo a mais”.

 

L’ACTUALITÉ

Eu realmente gostaria de já ter enviado (há bastante tempo) esse texto do meu project car detalhando o que já foi feito para poder focar no presente, mas infelizmente as coisas andaram muito corridas e tudo acabou acumulando. Contudo, deixo aqui algumas cenas dos próximos capítulos… Um grande abraço!

Por Luiz Filipe Vasconcelos, Project Cars #120

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