Bem… para falar a verdade não acredito que seja muito bom com palavras, ou em contar histórias, mas como essa é minha história, vai como sair. Meu nome é Cristiano Schneider, moro em Santa Catarina bem próximo da divisa com a Argentina e, como a maioria dos que visitam o FlatOut e estão lendo este texto, sou mais um louco por carros. Na verdade minha família toda é louca, e nem só por carros mas por motores em si. Sempre brincamos que nossos esportes têm que ter fumaça e barulho ou ao menos dar um frio na barriga.
Tenho que admitir que temos uma certa admiração por carros Chevrolet tanto que depois que comprei o meu opala meu primo também comprou o seu, e ambos seguem sempre aprimorando os mesmos, mas no meu caso minha história com meu Opala começou em 2007.
Eu ainda era menor de idade e recém tinha me formado — tinha apenas 17 anos, mas como todo guri nessa idade queria um carro pois logo faria a CNH. Eu já tinha uma grana guardada pois desde os 14 anos comprava, arrumava e vendia motos, que são outra grande paixão minha. Minha ideia era comprar um Chevette tubarão,mas os preços já estavam ficando altos na época. Então ficamos sabendo de um Opala. Fiquei meio incrédulo, mas chamei meu pai e fomos ver.
Foi meio que paixão à primeira vista. Lá estava ele, parado já fazia um tempo dentro de um galpão. Saímos para dar uma volta com meu pai dirigindo na ida e eu no retorno. Quando desci do carro já tinha decidido: eu queria um Opala. Mesmo sendo quatro-cilindros ele andava bem e tinha uma boa estrutura e eu seria apenas seu terceiro dono. Perguntei o valor: R$ 2.500.
Era demais para mim, pois só tinha R$ 1.800 então meu pai olha pai mim e perguntou: gostou do carro? Falei que sim, e aí ele fez a proposta: — Que tal os 1.800 pilas do guri e mais 600 de crédito na loja de roupas da minha mulher?O cara aceitou e eu voltei sem habilitação, mas com meu sonhado carro.
Para ser sincero já faz tanto tempo que nem lembro a data exata, mas umas das primeiras coisas que fizemos foi isso:
Na época, quando queríamos sair pedíamos para um amigo que já tinha habilitação para nos levar andar e depois que íamos para um lugar seguro, fazíamos esse tipo de coisa, definitivamente era outra época.
Mas como tudo muda, acabei mudando de Anchieta/SC e fui morar em Araucária/PR. Foi aí que realmente decidi: meu Opala será um seis-cilindros.
Naquele momento começou uma longa jornada para que um Opala branco quatro-cilindros se tornasse um pequeno mostro laranja. Ele foi todo pintado, a suspensão foi refeita e o motor também. Mas como isso demorou quase oito anos, vou por partes, já que teremos uma longa história pela frente. Até a próxima!
Por Cristiano Schneider, Project Cars #366