Passou a semana organizando a festa de Natal? Ficou preso no estacionamento do shopping, sem 4G, desde segunda-feira quando foi comprar o presente de amigo secreto da empresa e por isso não teve tempo de ler seu site favorito? Nem percebeu que estamos de cara nova? Pois não se preocupe: no Melhor da Semana desta semana você entenderá o que aconteceu e vai ficar por dentro de tudo o que rolou de mais importante nos últimos dias.
Volkswagen mostra versão de produção do ID
Um Volkswagen elétrico parecia uma ideia distante quando a marca apresentou seu primeiro conceito da linha ID no Salão de Paris em setembro de 2016. Desde então, a plataforma elétrica deu origem a diversos outros conceitos que pareciam igualmente distantes, mas a marca já tem um protótipo da versão de produção do ID em testes. O modelo foi apresentado à imprensa europeia nesta semana na África do Sul.
Como dito anteriormente, a versão de produção do ID, que deverá ser batizada Neo, seria muito próxima do conceito e, apesar do disfarce, ele realmente parece ter passado por mudanças sutis em sua transformação. O porte é de “hatch encorpado”, um meio-termo entre um hatch compacto e uma minivan, algo como o Mercedes Classe B e o BMW Série 2 Active Tourer. O modelo será o primeiro de uma investida ousada da Volkswagen para colocar 15 milhões de veículos elétricos nas ruas entre 2020, quando será lançado, e 2025. Ele usará um motor elétrico da Siemens, de 115 kW (170 cv) e 25,5 kgfm ligado ao eixo traseiro, e terá baterias de 60 a 110 kWh que permitirão autonomia de 320 a 547 km.
Ken Block lança Gymkhana 10 no YouTube
Depois de contar a saga de suas Gymkhana em uma série no Amazon Prime (Gymkhana Files), Ken Block finalmente lançou o décimo vídeo da série na segunda-feira (17). Desta vez, Block e seus Hoonigans não se limitaram a apenas um carro e uma locação para demonstrar os malabarismos motorizados das Gymkhana. Ele foi a cinco cidades diferentes, com cinco carros diferentes.
A primeira locação é Luleå, na Suécia, onde Block pilota seu Fiesta WRC ao lado de Oliver Solberg, o filho de 17 anos de Peter Solberg que já é campeão das categorias de base do WRC. De lá, Block parte para Detroit, onde assume a direção do Mustang Hoonicorn V2, de 1.400 cv. Depois da Motor City, ele segue em direção ao México, mais exatamente para a cidade de Guanajuato, onde acelera seu Ford Focus RS RX de rali antes de voltar para o Norte e acelerar seu Escort Cosworth em Los Angeles — sim, é aquele Escort que acabou destruído neste ano. Coroando o vídeo, ele finalmente apresenta sua F-150 Hoonitruck equipada com o V6 biturbo dos Ford GT de Le Mans, acelerando e deslizando a picape por um trecho da lendária Route 66 no Texas.
Estado de saúde de Michael Schumacher melhorou, segundo jornal
Passados quase cinco anos desde o acidente de Michael Schumacher na França pouco se sabe sobre seu real estado de saúde. A família se manteve discreta e pediu privacidade para a recuperação do piloto, e tudo o que foi divulgado até hoje é que Schumacher não conseguia caminhar em 2016 e que ele assistiu ao GP do Brasil deste ano ao lado de Jean Todt — o que poderia indicar a melhora de seu estado de saúde.
Agora, passado pouco mais de mês e meio desde a prova brasileira, o jornal britânico Daily Mail divulgou que Schumacher viajou para o Texas em setembro de 2017 para um tratamento em uma clínica de neurologia. De acordo com o jornal, isso só foi possível porque Schumacher não dependia de aparelhos para respirar, nem estava confinado à cama, como dito no ano anterior.
A escolha de uma clínica texana não foi aleatória. Segundo o site The Drive, a família Schumacher tem uma propriedade nos arredores de Dallas desde 2012, e a região é conhecida por concentrar centros de tratamento neurológico nos EUA — há ao menos seis hospitais e clínicas especializados na área. Um funcionário da clínica foi entrevistado pela revista alemã Bravo, e disse que não há instituição na Europa com a experiência de sua clínica nesse tipo de trauma. Embora o nome da clínica não tenha sido revelado, o site The Drive sugere que Schumacher pode ter sido tratado pelo Neurotherapy Center of Dallas (Centro de Neuroterapia de Dallas), que é especializado em lesões sofridas por atletas.
Porsche lança novos 718 T Boxster e Cayman
Depois do 911 Carrera T, que traz de volta a aura espartana do 911 Touring original dos anos 1960, a Porsche agora está lançando os novos 718 T Cayman e Boxster seguindo a mesma filosofia. O modelo será posicionado abaixo do 718 de entrada e mantém o mesmo flat-4 turbo de dois litros e 300 cv.
A principal mudança é a abordagem purista: o câmbio pode ser manual de seis marchas ou automático de embreagem dupla e sete marchas. Os bancos mantêm os ajustes elétricos, mas eles foram simplificados para ter somente ajuste de distância, altura e reclinação. O revestimento também foi modificado com a porção central de tecido, o que proporciona melhor suporte para o corpo. Ainda na cabine, as portas dispensam os puxadores e maçanetas e passam a usar somente a famosa tira de tecido das versões mais radicais da Porsche.
O motor e o câmbio da versão básica foram mantidos, mas no 718 T o flat-4 é apoiado em coxins hidráulicos e o câmbio usa diferencial com bloqueio e vetorização de torque. A suspensão também ganhou atenção especial com o sistema ativo PASM (Porsche Active Suspension Management), que reduz a altura de rodagem em 20 mm.
Por fora ele se diferencia das outras versões pelos retrovisores cinza “Agate Grey” e pelas rodas de 20 polegadas com pintura cinza titânio de alto brilho. O escape também tem saídas pretas e os dois modelos têm faixas laterais com o nome da versão – 718 Boxster T ou 718 Cayman T.
O desempenho em linha reta continua o mesmo: 5,1 segundos de zero a 100 km/h com o câmbio manual, 4,9 segundos com o PDK. No modo Sport Plus, a aceleração cai para 4,7 segundos. A velocidade máxima é 275 km/h.
A Porsche infelizmente não divulgou o peso dos carros após a redução, nem os preços. O primeiro deve ser muito sutil, algo na ordem de 15 kg. Já os preços, a própria Porsche declarou que eles podem ser entre 5 e 10% mais baratos que o modelo de entrada.
Toyota diz que seis-em-linha era fundamental para o Supra
Enquanto o Toyota Supra não dá as caras oficialmente, temos acompanhado os flagras, as novidades sobre o carro e, claro, a reação dos fãs a cada novidade. E eles não gostaram muito de saber que o novo Supra será impulsionado por um seis-em-linha da BMW — ainda que a Toyota não tenha nenhum seis-em-linha em seu portfólio atual. Não é difícil encontrar comentários (no Brasil e no exterior) dizendo que o novo Supra não é um Supra de verdade porque não tem um coração japonês.
O que não sabíamos até agora é que a Toyota só optou por um motor BMW para manter a tradição do motor seis-em-linha no Supra. Ao menos é o que diz o engenheiro-chefe do projeto, Tetsuya Tada. Em entrevista ao Automotive News, Tada disse que um dos principais motivos para a aproximação das duas empresas foi justamente o motor seis-em-linha dos alemães.
Apesar de sabermos que a Toyota procurou uma parceria para reduzir o custo de desenvolvimento do esportivo (como também fez com o GT 86), e que por usar a base da BMW é natural que ele use um motor da marca, a afirmação de Tada é plausível, uma vez que em 2011, quando as negociações começaram, os rumores já falavam em um modelo esportivo “compartilhado” pelas duas marcas. Além disso, Tada argumenta que as pesquisas com consumidores mostraram que o seis-em-linha era um atributo indispensável ao esportivo e que o seis-em-linha é o único tipo de motor que entrega equilíbrio e suavidade.
O resultado já conhecemos extra-oficialmente: o Supra será equipado com o seis-em-linha da BMW. Mesmo sem nenhuma confirmação sobre suas especificações, documentos vazados e a viabilidade técnica indicam que ele será o mesmo 3.0 turbo de fluxo duplo de 390 cv do BMW Z4 M40i, porém com mapeamento próprio da Toyota para as características desejadas no Supra.
Sabe-se também que ele terá freios Brembo, amortecedores adaptativo, diferencial de deslizamento limitado com acionamento elétrico, distribuição de massa 50/50 e um nível de rigidez à torção semelhante ao do Lexus LF-A. O lançamento está previsto para a segunda semana de janeiro, quando acontece o Salão de Detroit.
Sucessor do Aventador chega em 2020 com powertrain híbrido
A Lamborghini já anunciou que seus motores V12 permanecerão aspirados enquanto for possível e, na ocasião, salientou que ainda há muito tempo pela frente para eles. Isso só será possível, contudo, devido à hibridização de seus supercarros, uma mudança que a Lamborghini já havia antecipado quando apresentou o conceito Asterion, em 2014 (ainda que ele usasse um V10). Agora, passados quase cinco anos desde sua apresentação, a Lamborghini já está desenvolvendo o powertrain híbrido, que será lançado em 2020 no substituto do Aventador.
A transição será mais ou menos como a do Murciélago para o Aventador: antes de lançar o novo modelo, a Lamborghini terá um especial limitadíssimo que antecipará as tecnologias e estilo do próximo supercarro da marca, que deverá ser lançado em 2019. No caso do Murciélago foi o Reventón, que já trazia muitos elementos estéticos do Aventador. Agora, a Lamborghini já confirmou que terá um supercarro de edição limitada acima do SVJ “com a mesma pegada do Centenario e do Veneno”. Isso significa que ele será o “Reventón” do Aventador: o modelo que antecipará o próximo supercarro da Lambo. E isso também significa que ele será o primeiro supercarro híbrido da Lamborghini.
Segundo a Lamborghini, a opção por um powertrain híbrido foi forçada pela legislação de emissões, e não por opção da marca, uma vez que ele aumenta o peso dos carros. O diretor técnico da Lamborghini, Maurizio Reggiani, já declarou algumas vezes que prefere eliminar 10 kg de um carro em vez de acrescentar 1 cv — por questões que todos nós conhecemos muito bem; é a filosofia de todo carro esportivo. Menos peso significa mais agilidade e velocidade. De acordo com a Lamborghini, mesmo as versões de baixo peso serão entre 150 e 200 kg mais pesadas que as atuais devido às baterias. O aumento de peso deverá mudar sutilmente o comportamento dinâmico do novo supercarro, e também deverá dificultar a obtenção de novos recordes de volta em Nürburgring.
O arranjo do powertrain ainda não foi confirmado pela marca, mas Reggiani disse à revista Autocar que seu conceito preferido é o eixo dianteiro movido por um motor elétrico e o traseiro pelo motor a combustão pois, além de minimizar o “dano” do ganho de peso pela eliminação de uma ligação mecânica entre o câmbio traseiro e o eixo dianteiro, ele também permite melhor controle da vetorização de torque.
Ainda não há um nome definido para o carro, mas a Lamborghini sempre foi muito previsível neste aspecto. Basta procurar alguns livros sobre touradas espanholas e sacar uma palavra com sonoridade marcante.
McLaren P1 GTR em homenagem a Ayrton Senna
Carros com pinturas inspiradas na F1 não são novidade. Muitos fãs da Honda e de Ayrton Senna, por exemplo, decoram seus carros com adesivos e até envelopamentos com referências aos carros de F1 do brasileiro. Mas quando você é milionário, a homenagem pode ficar mais sofisticada. Você pode, por exemplo, ligar para a McLaren e encomendar um P1 GTR com a pintura do MP4/4 de 1988.
O nome do cliente, claro, não foi divulgado, mas a McLaren não deixaria de divulgar a mais recente criação de sua divisão de projetos especiais, a McLaren Special Operations. O projeto levou três anos para ser concluído e reproduz com alta fidelidade o esquema de cores do carro do primeiro título mundial de Senna — até mesmo os retângulos pretos que formam o “código de barras” da Marlboro que ficava na cobertura do motor foram reproduzidos nas portas do GTR.
Além da pintura o P1 GTR recebeu alguns upgrades, visto que já deixou de ser produzido há três anos, e recebeu uma cobertura de Lexan para o motor, isolamento térmico do cofre feito com folhagem de ouro 24 quilates (como no McLaren F1) e aerodinâmica revisada com novas aletas nas laterais, novos canards na dianteira, spliter mais largo e novas aletas e um Gurney flap na asa traseira.
Por dentro, ele recebeu emblemas da marca Senna, bem como uma citação de Ayrton na soleira do motorista e uma faixa vermelha por toda a extensão do painel. O modelo infelizmente apenas um exemplar único feito sob encomenda — mas nada impede que alguém encomende outro igual, não é mesmo?
Mitsubishi Pajero Sport HPE já pode ser reservado
Apresentado no Salão do Automóvel, o novo Pajero Sport HPE já pode ser reservado nas concessionárias da Mitsubishi em todo o Brasil. O modelo será vendido por R$ 260.000 e vem equipado com o motor 2.4 turbodiesel de 190 cv e 43,9 kgfm combinado ao câmbio automático de oito marchas.
Por esse preço, o SUV traz como equipamento de série ar-condicionado digital automático de duas zonas com saída para os bancos traseiros, sistema multimídia com tela de 7 polegadas e compatível com Android Auto e Apple CarPlay e GPS integrado, airbag lateral, de cortina e para os joelhos do motorista, sistema de prevenção de colisão frontal, cruise control adaptativo, rodas de 18 polegadas e volante multifuncional. A capacidade offroad é garantida pela tração 4×4 e pelos ângulos de ataque de 30 graus, e de saída de 24,2 graus, bem como o vão livre do solo de 21,8 cm.
Mesmo com petróleo e dólar em queda Petrobras não reduz preços nas refinarias
Apesar da política que prevê reajustes diários no preço da gasolina nas refinarias, se necessário, a Petrobras manteve o preço do combustível sem alterações há uma semana apesar de o barril de petróleo estar em queda nesse mesmo período, tendo atingido seu menor patamar desde julho de 2017 na sexta-feira (21).
Além da redução no preço do petróleo, o dólar também segue em queda há quatro dias seguidos, e os dois fatores normalmente resultariam em uma redução dos preços nas refinarias. Contudo, os preços continuam na casa do R$ 1,60 desde o dia 15 de dezembro, quando foi reajustado em R$ 0,04. Na ocasião o barril do petróleo estava na casa dos US$ 60 e o dólar a R$ 3,92. Na sexta-feira (21) o barril chegou aos US$ 52 e o dólar aos R$ 3,84. O reajuste proporcional à variação do dólar e do petróleo poderia resultar uma queda de até R$ 0,15 nas bombas, segundo uma fonte consultada pelo FlatOut.
YouTube do FlatOut
Nesta semana tivemos mais um episódio do FlatOut Midnight em nosso canal do YouTube, desta vez com um ícone de toda uma geração: o DeLorean DMC-12.
A abordagem deste episódio é um pouco diferente dos demais: em vez de contar a história do carro ou detalhes de preparação, conversamos sobre como é ter e conviver com um DeLorean, já que ele sempre será mais conhecido como a máquina do tempo do filme “De Volta Para o Futuro”.
Avaliação da semana
Nesta semana tivemos mais uma avaliação. Ou melhor: uma reavaliação. Cinco anos se passaram desde que o Golf GTI chegou ao Brasil e se tornou uma das melhores opções não apenas de esportivo, mas de um carro bacana para um entusiasta e sua família. Mas o tempo passou, o mercado mudou e como o Golf ficou? É o que o Juliano responde neste post.
Especiais do FlatOut
Começamos a semana com a emocionante história do jornalista e piloto Douglas Mendonça, que perdeu completamente a visão depois de uma rara doença, mas conseguiu acelerar em Interlagos a bordo de um Palio de corrida feito pela Fiat com uma pequena ajuda dos amigos. Ninjas cortadores de cebolas por todos os lados. Clique na imagem para ver o post.
Ainda na pista, falamos sobre a polêmica da Ferrari 488 Pista, que superou o McLaren 720S e o Porsche 911 GT2 em Magny Cours, na França, com margens de quase 3 segundos sobre os rivais. Clique na foto para ver o post.
Project Cars
No Project Cars desta semana tivemos o segundo capítulo da transformação do Escort XR3 do Gustavo Loeffler em um RS 1600i equipado com turbo ISHI. Clique na imagem para ler.
Exclusivo para assinantes
Nesta semana trouxemos uma análise exclusiva sobre a situação das placas do Mercosul, suas principais vantagens, seus atuais problemas e até mesmo a possibilidade real de serem suspensas até a metade de 2019. Clique na imagem para ver o post.
Explicamos como uma nova tecnologia de ignição pode salvar os motores de combustão ao conseguir uma redução de até 30% no consumo de combustível e de até 80% nas emissões. Trata-se da ignição por micro-ondas, que explicamos neste post.
Depois contamos a história quase desconhecida dos seis (ou oito) exemplares do Porsche 959 produzidos em 1992, quatro anos depois do fim de sua produção. Clique na imagem para ler o post.
Iniciamos mais uma série especial de posts, com os detalhes de todas as versões especiais do BMW M3. Neste primeiro capítulo, falamos sobre as sete variações da primeira geração, a E30. Clique na imagem para ler.
E encerramos a semana com a história do incrível Horten Ho 229, o bombardeiro nazista em forma de asa que quase foi o primeiro avião stealth da história. Clique na imagem para ler.
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