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Zero a 300

Um novo Mercedes-Benz C111 | O Lotus Emira GT4 | Um RS6 sedã e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

O novo Mercedes-Benz C111

A Mercedes-Benz surpreendeu esta semana com um teaser de uma re-edição do… C111! Para quem não conhece o mais famoso carro esporte da Mercedes que nunca chegou ao mercado, vale uma recapitulação rápida.

C111, versão 1970

O C111, apresentado ao público pela primeira vez em 1970, era duas coisas ao mesmo tempo. Primeiro, um retorno ao topo do desempenho nos carros esporte pela Mercedes, que desde o 300 SL original de 1955-1961, não mais perseguia tal coisa. O C111 inclusive tinha portas asa de gaivota justamente para lembrar disso.

Em segundo lugar, era um modo de mostrar ao mundo o potencial do Wankel rotativo, na sua encarnação Mercedes-Benz. O Wankel era o futuro dos anos 1960, e a Daimler-Benz tinha comprado uma licença da NSU já em 1961 para fabricar motores a gasolina acima de 50 cv. O futuro dos anos 1960 derreteu completamente nos anos 1970, justamente quando aparecia o C111: o Wankel emitia muito, e gastava muito combustível, dois pecados desta década em diante.

O C111 tinha quatro rotores e nada menos que 350 cv; e segundo seus criadores, era capaz de 300 km/h. Era também uma completa mudança em tema de design para a empresa, um Mercedes atarracado, e de motor central-traseiro como nunca tinha se visto. Nunca foi produzido, sua carroceria servindo depois para bater recordes com motores convencionais a diesel e V8.

O C112 de 1991: quase entrou em produção

Esta não será a primeira tentativa de reviver o C111: em 1991 a empresa mostrou o C112, um supercarro com o então novo V12 aspirado de 6 litros e 408 cv. Também não chegou á produção. E hoje, o que espera fazer revivendo um carro tão obscuro e antigo?

A empresa não disse muito sobre o novo C111 conceito, mas lançou uma série de teasers mostrando que a traseira terá um display digital oval que faz referência à parte de trás do original. Também podemos ver lanternas traseiras circulares e pixeladas que lembram as encontradas no conceito clássico.

Entre o papo furado usual de “icon reloaded”, de um “triunfo lendário” e de um “ícone reimaginado”, não há muito mais que os teasers para ver ou saber. Mas lembre-se que, se o futuro em 1970 era Wankel, o futuro de hoje é elétrico. Alguma dúvida do que será o motor deste carro?

Em 1970 o C111 nos deixou esperançosos de um futuro potente e diferente, completamente surpreendente, e uma virada para a veneranda marca de Stuttgart, sempre conservadora então. Mais um supercarro elétrico não terá o mesmo impacto, disso tenho certeza. Mas vamos esperar para ver, antes de julgar definitivamente. (MAO)

 

Este é o Lotus Emira GT4

Quem pretendia comprar um Lotus Emira para usar só em pista acaba de receber uma opção bem melhor. A Lotus disse que já está começando a entregar as versões de pista do carro, o Emira GT4.

No lançamento do Emira, a Lotus tinha dito que o V6 Toyota daria no GT4 405 cv; mas agora, a versão final veio bastante aprimorada: são 461 cv de potência. O V6 DOHC de alumínio que presta serviço nos Camry aqui recebe um supercharger Harrop TVS 1900 e sistema de gerenciamento de motor Motec, para chegar a esta potência incrível. O transeixo traseiro é sequencial de seis marchas, e fabricado pela tradicional grife de competição Hewland.

O carro está sendo transformado em GT4 em uma empresa-parceira da Lotus, o RML Group, em uma fábrica dedicada em Wellingborough. A empresa modificou bastante a aerodinâmica do carro também, por uma série de adendos que estabilizam o carro em alta velocidade, e ajudam a gerar downforce. Os freios, molas, amortecedores e sistema de refrigeração também receberam atenção.

O Emira GT4 assume o manto do antigo e altamente bem-sucedido Evora GT4. Embora tenha sido especificamente projetado e homologado para a categoria GT4, o Emira GT4 também pode ser configurado para se adequar a outras séries de corrida, consultando uma lista de opções. E é uma arma de track-day sensacional, claro.

Os primeiros carros de clientes estão sendo enviados para compradores no Reino Unido, Europa, China, Austrália e Estados Unidos em julho. A Lotus diz que não há limite para o número de carros que a RML pode produzir. Não é série limitada; é só encomendar o seu, pagar £ 179.000 (R$ 1.100.850 FOB Hethel), esperar a entrega, rebocá-lo para pista, e imediatamente ser o herói do dia. (MAO)

 

O Audi RS6 sedan de 854 cv da Ado X Performance

Potência é uma droga; não droga como em “porcaria” e sim no sentido de ser um prazer momentâneo delicioso, mas com o qual rapidamente nos acostumamos, num crescendo sempre para cima, às vezes autodestrutivo. O segredo é segurar o impulso; fácil de falar, difícil de realizar.

Vejam o exemplo aqui. Um Audi RS6 como vem da concessionária não pode de forma alguma ser chamado de lento. Tem 600 cv, faz 0-100 km/h em 3,4 segundos, e chega a 300 km/h. Mas potência, ou power como dizem os americanos, é o que todo homem deseja sempre mais.

Este carro das fotos começou a vida como um A6 Sedan com um motor TFSI de 3.0 litros, mas a empresa Ado X Performance da Alemanha o transformou em um RS6 Sedan. Na verdade, agora é significativamente mais forte do que um RS6.

Sob o capô, o motor original foi substituído por um V8 biturbo de 4,0 litros com um remapeamento Stage 3 e intercooler Wagner, bem como um novo sistema de admissão e sistema de escapamento da Ado X Performance. O resultado é uma potência máxima de nada menos que 854 cv e 114,5 mkgf de torque. O carro pesa 1880 kg. Barrabás.

Junte tudo isso de motor, com uma carroceria que não existe para o RS6 direto da Audi (só na versão perua é oferecida), e se tem um pacote realmente interessante. Não foi divulgado o preço da conversão, mas você pode ter certeza que toda esta exclusividade não sai barata. (MAO)

 

Alpina B12 5.0 à venda

Lembra quando 350-400 cv eram o topo do que se podia ter nas ruas? Isso era totalmente relacionado com quanto desta potência podia ir efetivamente para o chão; o crescimento da potência hoje tem muito a ver com o controle eletrônico e calibração de motor e transmissão; o torque de um motor moderno de 600 cv não é entregue se explodir a transmissão; o motor “espera” para quando é possível isso acontecer. Os controles de tração e estabilidade também ajudam a despejar a potência ao solo de forma progressiva.

Mas 350 cv é muita potência de verdade; é só olhar uma carreta pesada de 50 toneladas, que normalmente tem isso. Agora, junte 350 cv em uma das carrocerias mais incríveis feitas pela BMW, e tudo que o nome Alpina significa, e terás algo especial de verdade.

Algo como este Alpina B12 5.0 azul que . O B12 5.0 é baseado na Série 8 de duas portas da geração E31. É a versão definitiva do 850i: a Alpina aplica ao V12 toda sua mágica.

Um motor feito à mão com cuidado, que leva pistões Mahle de maior compressão, válvulas de admissão maiores, cabeçotes modificados, um novo sistema de escapamento e uma ECU fornecida pela Bosch. São agora nada menos que 350 cv a 6.500 rpm e 48 mkgf de torque a 4.000 rpm. O câmbio é um ZF automático de 4 velocidades, alterado também pela Alpina. Podia atingir 100 km/h em 6,8 segundos e chegar a 280 km/h de velocidade máxima.

Além do motor a Alpina fez várias outras mudanças no Série 8. Novas molas e amortecedores Bilstein, bem como a instalação de suas incrivelmente belas e icônicas rodas de raios múltiplos de 17 polegadas. Em azul metálico, o carro é simplesmente lindo, e não parece antigo, mesmo tendo já mais de 30 anos de idade.

Apenas 97 deles existem no mundo, e este está oferecido a 119.900 CHF (R$ 646.261), na Suíça. Nas imortais palavras de Ferris Bueler: “If you have the means, I highly reccomend!” (MAO)