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Meyers Manx lança novo kit de Buggy
Certas coisas parecem ser eternas no mundo do automóvel. E não, não estou falando do 911: este apenas mantém o nome e a posição do motor, e mudou sim, muito. Falo de coisas como o Lotus/Caterham Seven, e a maior criação de desenho industrial independente da história do automóvel: o bugue de praia de fibra de vidro conhecido como Meyers Manx.
O Manx foi tão copiado, imitado, modificado e reprojetado que muita gente acha que sempre existiu, que é um desenho que apareceu espontaneamente sem um criador único. Mas não é verdade; embora coisas semelhantes fervilhassem nas praias da Califórnia pouco antes, o Meyers Manx foi obra do indefectível Bruce Meyers, uma figura ímpar no mundo do automóvel.
Afogado em um mar de cópias não-autorizadas, Meyers fecha sua empresa já em 1970. Volta muito tempo depois, quando é reconhecido como inventor do gênero, em 2000, fazendo tanto o Manx original como um novo desenho, o Manxter 2+2. Bruce vem a falecer em 2021, mas a empresa continua.
E é ela que mostra agora um kit “reprojetado” do Manx original. Como em 1968, ainda requer um chassi Volkswagen doador, e qualquer tipo de motor que você decidir usar, mas o novo Meyers Manx Remastered Kit torna a construção de seu próprio buggy mais fácil do que nunca.
A empresa usou modelagem 3D e tecnologia CNC para remasterizar o icônico kit Dune Buggy com mais precisão do que jamais foi possível nos anos 60. Pela primeira vez, o kit também vem com novos recursos, como um porta-malas traseiro com trava, um painel facilmente removível, tubos de fiação integrados para uma instalação elétrica mais organizada e novas cores de revestimento de gel, disponíveis em cores sólidas e metálicas.
O kit básico vem apenas com a carroceria, que possui todos os recursos mencionados acima. Assim, você ainda precisa adquirir seu próprio chassi, motor, caixa de câmbio e suspensão. No entanto, a Meyers Manx também vende componentes adicionais, como um tanque de gasolina, para-choques, rollbar, escapamento sidewinder, entre muitas outras coisas.
O kit básico custa, nos EUA, US $ 2.997,50 (R$ 15.407), e vem já em qualquer uma das 18 cores sólidas de gel coat disponíveis. Se você quiser uma cor “metalflake”, um adicional de US$ 1.000 (R$ 5.140), é cobrado, e mais 46 cores estão disponíveis. Se você quiser um revestimento transparente UV, para proteger sua tinta do sol, isso custará US $ 800 (R$ 4.112) adicionais, ainda que este “opcional” seja praticamente obrigatório.
Este kit é do clássico Meyers Manx Dune Buggy, o que significa que o chassi precisa ser encurtado. Se você quiser algo que caiba em um chassi normal do Fusca, sem corte ou solda, pode optar pelo Manxster 2+2, que custa completo (mas sem o chassi) US $ 17.000 (R$ 87.380), e tem quatro lugares. (MAO)
Mercedes-Benz mostra interior do novo E-class W214
A Mercedes-Benz está oficialmente lançando um teaser para a próxima geração do Classe E. Com o codinome W214, o novo sedã tamanho médio da marca tem seu interior revelado por completo. Segue fortemente a cabine do EQE, especificamente a versão sem o Hyperscreen disponível opcionalmente no sedã elétrico.
O painel uma aparência mais elegante e minimalista que o do EQE, eliminando as saídas de ar laterais em estilo de turbina do sedã elétrico. Os botões de atalho foram realocados da frente do apoio de braço central para abaixo da tela principal.
Numa novidade absolutamente dos tempos atuais, uma câmera de selfie/vídeo foi adicionada. Está disponível por um custo adicional como parte do MBUX Superscreen, que também inclui a tela extra no painel do lado do passageiro. A câmera só funciona com o carro parado (algo óbvio, mas que restringe sobremaneira sua utilidade real) e pode ser usada para tirar fotos e vídeos ou para videoconferências via Zoom ou Webex.
Como vimos em outros modelos Mercedes. o Classe E 2024 monitora os movimentos dos olhos do motorista para detectar se eles estão olhando para a tela central do painel. Usa algo chamado de “tecnologia de controle de luz dupla” para evitar que os vídeos sejam vistos perifericamente pelo motorista. O DLC pode ser ativado ou desativado.
O sistema também funciona para a tela do passageiro, diminuindo seu brilho para que ela fique invisível para o motorista, mas não o passageiro. Ou seja, você paga não só por uma tela extra, mas também pelo sistema que te impede de vê-la.
O Infotainment virá com aplicativos como Zoom, Webex, e até o TikTok. O jogo Angry Birds e o navegador Vivaldi fazem, também, parte do pacote. Um portal de entretenimento ZYNC opcional fornecerá acesso a streaming de vídeo, jogos, notícias e conteúdo adicional sob demanda disponível nas telas centrais e dos passageiros. Sim, uma série de assinaturas pagas devem vir nesse sistema, um dos sonhos dourados da indústria hoje.
Como opção, existe também o Active Ambient Lighting, que funciona em conjunto com o sistema de áudio para alterar automaticamente a iluminação com base no ritmo de uma música. O som em si é leva grife Burmeister, e conta com 17 alto-falantes e quatro transdutores de som nos bancos dianteiros, e é equipamento básico no E-class.
O carro estará nas concessionárias dos Estados Unidos ainda este ano, após uma estreia mundial que provavelmente ocorrerá no segundo semestre deste ano. (MAO)
Duesenberg J 1931 encontrado em uma garagem
O Duesenberg J tem uma história incrível: um carro criado para ser o mais sensacional, veloz, avançado e caro do mundo, mas que foi lançado bem a tempo para o início da Grande Depressão americana; um fracasso empresarial, mas um dos clássicos mais valorizados do mundo.
Era realmente incrível: numa época que um Ford tinha 40 cv, quatro cilindros e válvulas laterais, o Duesy era um oito em linha DOHC com quatro válvulas por cilindro e 265 cv. Ou, se você assim desejasse, 320 cv com um compressor centrífugo. Todo o resto do carro era assim superlativo.
Um clássico desde zero km, é raríssimo, mas a maioria é conhecida e sobreviveu: dos 481 fabricados, 384 são conhecidos em coleções mundo afora. Quando se descobre um perdido, é um evento.
Assim foi com este Duesenberg Model J de 1931 em particular. O carro, que estava escondido em uma garagem trancada e aquecida por mais de 50 anos, foi encontrado por Doug Pray, um membro da família proprietária da Auburn Cord Duesenberg Company em Broken Arrow, Oklahoma. Quando recebeu a ligação de uma senhora que tinha o carro guardado na garagem, quase não acreditou.
É um Duesenberg Model J 1931 com uma carroceria Murphy “ disappearing top”, um dos apenas 25 já fabricados. A garagem era tão pequena que o para-choque traseiro teve que ser removido para fechar as portas depois que o carro foi colocado lá dentro.
O plano, pelo menos por enquanto, é um conserto, não restauração: fazê-lo rodar e, em seguida, exibi-lo em sua condição “como encontrado”. O preço médio de venda de um carro desses é de 1,7 milhão de dólares (aprox. 8,7 milhões de reais); alguns modelos especiais únicos já ultrapassaram a barreira de 20 milhões de dólares americanos, em leilão. Um achado e tanto, portanto. (MAO)
Mitsubishi tenta melhorar imagem com possível Outlander Ralliart
Um meme atual bem divertido mostra carros esporte japoneses dos anos 1990 viajando ao futuro e encontrando seus equivalentes modernos; a piada está no Mitsubishi Eclipse, que encontra o SUV com seu nome.
Se há uma marca que precisa de algo interessante em sua linha hoje em dia, é definitivamente a Mitsubishi. Agora, a revista japonesa Best Car diz que algo neste sentido está sendo preparado. Não, tolinho, não é um carro esporte, isso é démodé, não percebeu? Trata-se de uma versão Ralliart para o Mitsubishi Deoutromundo Outlander.
A revista diz que será uma versão completa do Ralliart, e não só decoração. Além de receber uma aparência mais agressiva, este SUV-esporte teria uma configuração de suspensão mais rígida e outras mudanças mecânicas. A modificação mais importante ocorrerá sob o capô, onde a Mitsubishi aparentemente planeja um aumento de potência no trem de força híbrido plug-in.
Hoje um Outlander PHEV oferece uma potência combinada de 248 cv. A revista afirma que o Ralliart ganhará 38 cv extras para um total de 286 cv. Não está claro se este ganho é no motor à combustão (quatro em linha de 2,4 litros) ou no par de motores elétricos. No Outlander PHEV atual, há um motor de 85 quilowatts na frente e um motor de 100 kW na traseira, e tração nas 4 rodas.
A Mitsubishi já mostrou uma prévia da aparência deste carro: o Vision Ralliart no Tokyo Auto Salon do ano passado, que vocês podem ver nas fotos. O conceito tinha rodas de 22 polegadas com rotores de freio maiores com pinças de seis pistões. Não é uma notícia bombástica, mas é um começo, pelo menos. (MAO)