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Segredo

VAZOU! – Este é o novo Alfa Romeo Giulia, primeiro sedã de tração traseira da marca desde 1992

O Alfa Romeo Giulia é atualmente o segredo mais bem guardado da indústria — e ele quase chegou ao seu lançamento mundial (que será amanhã) sem dar o ar de sua graça. Mas alguém conseguiu furar o bloqueio da FCA e fotografar o novo sedã. Aqui estão as primeiras fotos.

Como mostra o emblema em sua bela traseira, ele realmente se chamará Giulia — a informação ainda não havia sido confirmada e vinha sendo chamado apenas de “Type 949”. Também há quem o chame de Type 952, mas as fontes mais confiáveis usam o código de desenvolvimento anterior. O novo Giulia será o primeiro sedã de tração traseira da Alfa desde o 75/Milano, que saiu de linha em 1992. Ele também terá tração integral em algumas versões.

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Irmão mais em conta do Maserati Ghibli, com o qual divide plataforma, o sedã estreará um novo quatro-cilindros, sucessor do 1750 TBi, capaz de desenvolver mais de 300 cv, contra os 240 cv do motor atual, mas sua motorização mais aguardada deve ser o V6 de origem Ferrari, um 2.9 biturbo de injeção direta com 510 cv. A imagem que conseguimos é justamente da versão mais nervosa, a GTA ou Quadrifoglio Verde, com saída quádrupla de escapamento.

A previsão é que ele só comece a ser vendido no segundo trimestre de 2016, mas é um bocado estranho que ele seja mostrado quase com um ano de antecedência. Isso nos leva a crer que as vendas podem ter início bem antes disso. E elas devem incluir o Brasil: a Fiat levou uma série de jornalistas brasileiros para a Itália. Eles testemunharão o nascimento do novo Giulia. E a Fiat, como não dá ponto sem nó, não faria um investimento desses só para agradar os colegas convidados…

Como não tivemos nenhuma imagem da dianteira até agora, ficamos com a da projeção abaixo para ilustrar, mas tudo indica que o carro verdadeiro será um pouco diferente. Note a ausência da saída de ar no para-lamas dianteiro e a falta do vinco da linha de cintura que o carro verdadeiro exibe.

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Um perfil no Twitter divulgou também supostas imagens do interior do carro e de detalhes da carroceria. São claramente desenhos, mas, comparados ao que já apareceu, eles fazem sentido. Compartilhamos mais para matar a curiosidade de vocês do que para dizer que o Giulia será exatamente assim. Até porque a espera só dura mais algumas horas. Espiem:

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O site trouxe também fotos aparentemente oficiais do carro. Veja as que selecionamos e outras no próprio site.

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Note que o emblema da Alfa Romeo foi renovado.

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Por que Giulia

Para quem acha que o nome surgiu do nada, vale dizer que ele também é um resgate, assim como o da tração traseira. Apesar de o último Alfa Romeo clássico a utilizá-la ter sido o 75, que foi fabricado de 1985 a 1992, o Giulia é o carro de que a maioria dos alfistas sentem saudades. Porque foi ele que colocou a Alfa Romeo no mapa de grandes fabricantes mundiais. Em outras palavras, foi o Giulia que deu à marca seus primeiros grandes volumes de produção. Só para contextualizar a coisa, de 1910 a 1955 a empresa só havia fabricado cerca de 35 mil carros!

Ter sido produzido de 1962 a 1978 dá bem a dimensão do sucesso do carro. O Giulia nasceu com a sigla Ti, conhecida dos brasileiros, que queria dizer Turismo Internazionale. Trazia uma série de coisas que nasceram e morreram com ele, como o aro de buzina, a alavanca de câmbio na coluna de direção, freios a tambor nas quatro rodas e a falta de servofreio. tudo isso foi trocado por soluções mais convencionais com o tempo. Apesar de quadradinho, o carro tinha aerodinâmica melhor que a do Porsche 911.

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Com 4,14 m de comprimento, 2,51 m de entre-eixos, 1,56 m de largura e 1,43 m de altura, o Giulia era extremamente leve. Pesava entre 978 kg e 1.130 kg. Isso o tornava espertinho mesmo com o motor 1.3 de quatro cilindros com 78 cv a 6.000 rpm, oferecido no Giulia 1300 de 1964 a 1970, mas ainda mais interessante com o motor 1.6, que chegou a gerar 110 cv a 6.500 rpm. Os dois motores, chamados de Twin Cam, tinham duplo comando de válvulas no cabeçote.

Este 1.6 foi o motor do primeiro Giulia a chamar a atenção, o Ti Super. De corrida, ele teve apenas 501 exemplares, feitos para homologação. Feito em 1963, ele era aliviado e trazia o emblema do trevo de quatro folhas, o famoso Quadrifoglio Verde. Seu motor tinha dois carburadores Weber  45DCOE de corpo duplo e o carro já trazia a alavanca de câmbio no assoalho. Os tambores foram trocados por discos nas quatro rodas, mas o servofreio ainda não havia sido colocado. Hoje, um destes vale uma fortuna. Os veículos de polícia do filme “Um Golpe à Italiana”, o clássico de 1969, são Ti Super. Em versões normais, ele rendia cerca de 95 cv.

Foram fabricados 575.390 Giulia ao longo dos 16 anos de produção. E esse volume exclui os cupês e conversíveis derivados dele e que receberam o nome Giulia. Estamos falando só do sedã. Escolher o mesmo nome para o renascimento da marca faz todo o sentido, não faz? Vida longa à Alfa Romeo!