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Project Cars Project Cars #188

Vivendo o sonho: a história do meu Chevrolet Calibra 1995, o Project Cars #188

Olá a todos! Meu nome é Mateus Berti, tenho 32 anos, moro em Canela/RS e venho contar um pouco de como me apaixonei pelo Calibra e como manter um clássico como ele.

Como muitos daqui sou adorador de carros dos anos 1990 e do tempo em que a Chevrolet Brasil importava e fabricava carros da Opel. E também podemos lembrar que o jogo Gran Turismo influenciou muito para essa geração de gearhead.

Calibra aerodinamica 02

Lembro perfeitamente eu com meus 13 anos, isso lá em 1995, estava na casa da minha Nona, quando vejo aquele um carro verde brilhando, faróis estreitos, frente baixa, duas portas, entrando no portão da casa da minha Nona e, para minha surpresa, meu tio estava ao volante (sim ele comprou um Calibra em 1995).

linha de montagem

E depois deste dia o carro nunca mais saiu da minha cabeça e assim rodeava meus pensamentos, e quando comecei a jogar Gran Turismo correndo com meu Calibra DTM…… era uma sensação especial e única, de muita alegria (melhor ainda quando  ganhava dos Alfa Romeo e das Mercedes-Benz).

Calibra vs Alfa gran turismo

Bom depois de 16 anos desde a primeira vez que vi um Calibra, conversando com meu tio (o mesmo que tinha o Calibra) sobre o meu desejo de ter um desses e sempre pesquisando e obtendo informações sobre o carro e ele me falando dos bons momentos que viveu com o Calibra dele, e que  vendeu em 2001. Ele me deu o maior apoio para comprar o meu Calibra, com uma frase que nunca saiu da minha cabeça: “Nós entusiastas, devemos alimentar nosso ego com aquilo que admiramos”.

c20xe

Daí resolvi pesquisar, pesquisar e pesquisar e pesquisar os Calibras disponíveis no mercado, me tornei membro do Clube Calibra Brasil onde encontrei muitas informações úteis, daí então parti para minha busca, vi mais de vinte Calibras pessoalmente, e mais de cinqüenta por fotos, num período de quase dois anos.

Meu objetivo inicial era encontra um Calibra branco 1995 com interior todo em tecido, acho muito bonito, os bancos e forros de portas em dois tons de cor, e a cor branca era a cor dos Calibras quando iniciou na DTM — depois vieram outras cores como preto, prata, amarelo, mas o branco era o que mais me chamava a atenção.

calibra foto

O primeiro, que fui ver estava na cidade de Gravataí/RS 100 km da minha cidade, o carro estava anunciado em uma revenda mas ficava com o proprietário, então liguei e falei que queria ver o carro e combinamos às 8:00 do dia seguinte. Peguei meu carro e saí cedo de casa pra não ter problema de atraso, cheguei na hora marcada, o carro não estava lá. O gerente da revenda ligava de meia em meia hora para o proprietário do carro, depois de esperar duas horas o carro chegou, mas vi muitas partes de acabamento faltando, tecido de couro dos bancos rachado, pintura queimada, e quando fechava a porta do carro o teto solar levantava. Desisti.

Final de semana em Florianópolis/SC, a 450 km da minha cidade, entrei no meu carro fui com a esposa e meu filho curtir um final de semana em Jurerê, e lembrei que tinha um carro anunciado. Entrei em contato com o proprietário e ele na hora se prontificou a me mostrar o carro. Fiquei esperando na frente da pousada, quando vejo aquele Calibra vermelho estacionando, e o proprietário muito prestativo e atencioso me informou tudo que tinha feito no carro. Daí ele me perguntou se eu queria dar uma volta. Fomos lá… sentei no banco do passageiro e fui cuidando de cada detalhe, as pessoas na calçada virando a cabeça. Entramos na rodovia para me mostrar como o carro era redondo, pisou no acelerador… 150km/h. Que carro! Que motor! Voltamos para o hotel por mim já levava esse mesmo, mas não podia. Eu tinha mais carros para ver entes de tomar uma decisão que levaria comigo para o resto da vida.

calibra foto 03

A busca continuou. Em Curitiba/PR a 717 km da minha cidade encontrei um anúncio que me deixou interessado: um senhor de 72 anos vendia seu Calibra para comprar um carro popular pro dia-a-dia. Entrei em contato com o proprietário ele me deu várias informações e me falou que o carro faltava pouco pra ser um carro de colecionador. Combinei com ele e fui ver o carro, mas esse eu fui de avião, o proprietário estava me esperando no aeroporto e de longe e vi o Calibra no estacionamento. Combinei de levar o carro em uma autorizada Chevrolet para fazer uma análise. Chegando lá e olhando o carro com muita atenção vi que o carro já tinha sofrido alguma colisão frontal e o diagnóstico da autorizada foi preocupante: várias falhas e sensores sem funcionar… voltei pra casa de avião e sem meu Calibra.

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Quando estava navegando por sites de venda de carros encontrei um anúncio que me interessou. Era de um carro de Concórdia/SC, a 423 Km da minha cidade. Entrei em contato com o proprietário que foi muito prestativo, e ele sabendo o que estava vendendo me fez uma proposta: me traria o carro em um final de semana para que eu olhasse e levasse em meu mecânico de confiança, e caso eu não gostasse do carro ele voltaria pra casa dele sem me custar nada, eu pensei e aceitei a proposta.

Dia marcado horário combinado e local já acertado, acordei e fui pro local combinado uma autorizada Chevrolet da minha cidade chamada SinosCar, fiquei uma hora e meia esperando quando vi um Calibra branco passando. Dali em diante não tirei mais o sorriso do rosto, parecia uma criança, ficamos conversando por alguns minutos e ele me entregou a chave pra dar uma volta e levar no meu mecânico, entrei no carro com as pernas tremendo, igual ao dia que dirigi pela primeira vez. Dei partida no lendário C20XE e fui dirigindo com muita calma e cuidado pois já sabia da força do motor.

Levei o carro até a oficina e lá fiquei um bom tempo. Meu mecânico ficou impressionado com o excelente estado do carro e não tive mais duvidas: é esse que vai ser meu.

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Voltei pra SinosCar e fechamos o negócio — ele pegou o meu Celta e a diferença paguei em dinheiro.

Foi em 17 de março de 2012 o dia que encontrei e comprei meu sonhado Calibra. O carro pertenceu de 1995 ate 2007 ao gerente de uma loja da rede Chevrolet de Chapecó/SC, depois em 2007 até 2012 pertenceu a um gerente de banco da mesma cidade. Olhando o histórico do carro no site do Detran lá não consta nenhuma multa em vinte anos, ele estava com 122.000 km, hoje esta com 140.000 km

A primeira coisa que fiz foi levar ao mecânico pra uma revisão básica, já que pretendia viajar com ele o mais rápido possível. A resposta não poderia ser melhor: tudo Ok com o carro.

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Levei o carro em um amigo pra instalar o som quando descobri que o antigo dono tinha retirado todos os auto-falantes do Calibra. Já que tinha que comprar uns novos optei por comprar com potência e qualidade de som. Mandei fazer uma caixa pro porta-malas pra colocar um subwoofer de 12” e um módulo pra distribuir potência para todos os alto falantes. Ficou muito bom nada de som externo por causa da boa acústica do carro. Era isso mesmo que eu queria: um bom som pra quem está dentro do carro.

Depois um detalhe que sempre gostei muito, placas modelo europeu, pesquisei e foi fácil encontrar as medidas da placa, o difícil era fazer as mesmas já que as placas do Brasil tem uma medida única e não podem ser alteradas. Como eu estava determinado a trocar as placas fui falar com quem as fazia com o antigo padrão lá na década 1990. Conversando com ele descobri que ele ainda tem as máquinas e moldes e todo o material para fabricar placas. Combinamos o valor e uma semana depois elas ficaram prontas.

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Depois disso, parti para minha primeira viagem com o Calibra: fui de Canela/RS até a praia de Torres/RS, cerca de 170 km. Tudo perfeito e uma viagem que nunca mais vou esquecer pois foi a primeira de muitas outras. Mas isso é assunto para um próximo post, no qual irei entrar em detalhes sobre a manutenção do Calibra e a mecânica, que muitos pensam ser idêntica à do Vectra GSi — mas na verdade tem suas muitas diferenças.

Até a próxima!

Por Mateus Berti, Project Cars #188

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