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Volkswagen Jetta: nova geração ganha novo visual e plataforma MQB

Até agora o Volkswagen Jetta estava desatualizada em relação ao Golf. Quer dizer, desde a primeira geração, sedã e hatchback tiveram desenhos distintos na dianteira, ainda que compartilhassem plataforma, mecânica e diversos painéis na carroceria. No entanto, nos últimos anos o Jetta evoluiu em um ritmo mais lento.

A última geração na qual Jetta e Golf compartilharam a mesma plataforma foi a quinta, lançada em 2004 para o hatch e em 2005 para o sedã. Em 2008 foi lançado o Golf Mk6, que era na verdade um facelift abrangente do Mk5, com nova dianteira, nova traseira, novo interior e modificações na plataforma. Em 2010, o Jetta Variant passou por uma reestilização pra acompanhar o Golf, mas a atualização não chegou ao sedã.

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Ele só foi renovado em 2011 – e era um carro bem diferente do Golf. Visando reduzir custos pra manter um preço mais competitivo, o Jetta Mk6 manteve a plataforma PQ35, mais antiga, porém com entre-eixos mais longo e um visual mais esbelto e limpo que o Golf. Já em 2012 a VW lançou o Golf Mk7 – este sim era uma nova geração de fato, adotando a plataforma modular MQB, mais leve, versátil e resistente, além de novos motores e um visual mais angular e arrojado.

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Está nos acompanhando até agora? Beleza. Esta introdução ao assunto foi importante para explicar o contexto do Jetta, que levou mais seis anos para ganhar sua sétima geração e ficar, finalmente a par do Golf — ao menos mecanicamente, uma vez que ele voltou a ter visual distinto do hatchback. E mais: acompanhando a nova identidade visual da marca, que ganhou linhas mais robustas e sóbrias e pode ser vista em carros como o novo Polo, o atual Passat e o SUV Atlas/Terramont (que, aliás, é um bom exemplo da versatilidade da plataforma MQB, sendo o maior utilitário da VW à venda atualmente).

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O novo Jetta foi lançado na edição 2018 do Salão de Detroit, onde fez sua estreia global – reflexo do fato de ser o VW mais vendido nos Estados Unidos há alguns anos.  Nós vamos dar uma olhada nele agora.

Você vai notar que, como os outros VW mais recentes, o Jetta tem um “bico” mais arredondado, com uma pequena “testa” formada pelo capô – este, com quatro vincos bem marcados. Os faróis agora têm seis lados (antes eram cinco) e a grade agora fica mais abaixo na face do carro, com um vinco cromado acima dela e entre os faróis. Também ficou maior e com aletas mais espaçadas entre si, lembrando de fato um utilitário. Não dá para dizer que o carro não mudou tanto em relação ao modelo antigo, mas talvez a dianteira tenha ficado um pouco carregada demais, ao menos para nosso gosto. Considerando que o Jetta Mk7 foi feito mirando nos Estados Unidos, talvez o novo design tenha sido acertado.

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A traseira ficou mais curta e ganhou lanternas mais baixas em relação ao topo da tampa do porta-malas. A área envidraçada ficou ligeiramente menor em relação à carroceria, e os balanços dianteiro e traseiro diminuíram para dar espaço ao entre-eixos de 2,68 m – são 3,3 cm a mais que o entre-eixos do Jetta antigo, e 5 cm a mais do que o Golf. Segundo a Volks, o novo Jetta cresceu para todos os lados, sendo mais alto, largo e comprido que a geração anterior, o que também reflete no espaço interno do carro.

As novidades do lado de dentro também são notáveis. De fato, o aspecto do interior, com cluster de instrumentos digital igual ao das versões mais caras do VW Polo e arquitetura muito semelhante, com a central multimídia, as saídas de ar e os comandos do console central na mesma posição.

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A VW diz que o foco foi melhorar o conforto para os ocupantes e a ergonomia para o motorista, deixando todos os comandos visíveis e à mão e utilizando mais materiais suaves ao toque e de melhor qualidade.  Nas versões mais caras, a tela sensível ao toque é integrada à superfície do painel, e a cabine pode ser equipada com um sistema de iluminação ambiente com dez cores selecionáveis.

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A princípio o único motor disponível para todas as versões é o quaro-cilindros TSi de 1,4 litro, com turbo, 147 cv e 25,4 mkgf de torque, acoplado a um câmbio manual de seis marchas ou automático de oito marchas (sim, um automático, e não um automatizado com dupla embreagem). No caso deste último, o sistema start/stop vem de série.

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Traseira lembra o virtus, sedã do Polo, com lanternas mais baixas e largas

No mais, nos parece claro que a VW planeja manter o Golf e o Jetta com personalidades distintas, embora agora os dois tenham mais em comum do que antes: o hatchback como o modelo mais versátil, com versões para agradar aos entusiastas e ao consumidor médio; e o sedã como o rival alemão para os sedãs japoneses, com visual imponente, conforto e espaço interno. Mesmo o press release valoriza muito mais os itens de conforto e conveniência do que a capacidade dinâmica da plataforma MQB. E isto a gente compreende: é o que o mercado quer.

Mas custava ter um pouco mais de personalidade no design?