o chevette apareceu aqui no brasil na epoca em que todos nos acreditavamos que numeros de desempenho era a mais acurada formula para descobrir se um carro era interessante ou nao parecia que competiçao de velocidade era o que todo mundo fazia todo dia indo comprar pao na padaria claro que o desempenho de qualquer carro e importante conhecer da uma imagem mental de quanto acelera de sua capacidade de velocidade coisas sempre importantes mas sao importantes como um dado de comparaçao nao como juiz e juri da excelencia de um veiculo atras do volante ate hoje gente gosta de chamar carros mais lentos que o seu de manco ; embora antes fosse uma divertida brincadeira entre amigos hoje depois das midias sociais e a escalada de odio inutil que ela trouxe virou algo desagradavel de ouvir antes brincadeira hoje ofensa; mais uma das milhares de coisas que sao levadas mais a serio de que deveriam mas manco o chevette e na vasta maioria de suas versoes originais nunca foi veloz; as primeiras versoes a gasolina com taxa de compressao baixa e carburador simples fossem elas 1 4 ou 1 6 sempre foram carros lentos fuscas 1600 de dupla carburaçao papavam eles no cafe da manha almoço e janta e depois arrotavam a musica tema do filme tubarao sucesso nos cinemas no ano em que o chevette homonimo ganhava nossas ruas uma vergonha para o moderno gm mundial e algo que o relegou a segundo plano na mente do brasileiro por muito tempo quase imediatamente virou um motivo de piada a opel criadora do carrinho fez o volante apontar para as pedaleiras necessariamente deslocadas para o centro do carro por causa das caixas de roda acreditando ser ergonomicamente correta nisso; todo mundo fazia piada do volante torto o motor podia ser economico seu principal objetivo nesse tempo de gasolina carissima mas era tambem pesado para seu deslocamento fraco e nada sofisticado vibrava feito uma bunda descendo ao chao num video de rap americano e fazia um barulho rouco feio meh e esse barulho era alto pacas para completar subjetivamente tambem um propulsor para quem poucos declaravam amor outro detalhe importante presente em todo chevette brasileiro era lerdo mas para a maioria dos motoristas parecia ainda mais lerdo do que era o acelerador ajustado para economia de combustivel dedicava sei la 90% do seu curso para abrir 15% da borboleta so usando os ultimos milimetros do curso se conseguia 100% de acelerador aberto somente tratando o acelerador como um botao liga desliga la no fim do curso do pedal que se conseguia um desempenho minimamente decente poucos faziam isso claro ainda mais fama de lerdo advem disso como se ele precisasse de ajuda neste quesito era o inverso da vw que nos gol aprendeu que o pessoal gosta so de triscar acelerador e sentir potencia e nunca cravar o pe e por isso ajustou seus aceleradores para dar esta sensaçao [caption id= attachment_292164 align= aligncenter width= 999 ] o opel kadett aero no brasil copiado artesanalmente pela envemo [/caption] alem disso as revistas o chamavam de ultrapassado de traçao traseira num mundo dianteiro um futuro logo presente aqui em passats e fiat 147 o eixo traseiro pula e ineficiente desconfortavel nao era mentira mas o foco nisso ao ler coisas antigas me incomoda realmente o pobre chevette viu pouco amor para seu lado por muito e muito tempo por aqui mas porque estou contando tudo isso para que voces nao reclamem que nao avisei existe muito para nao se gostar em um chevette ainda mais hoje num mundo geladinho do ar condicionado e onde reles cobalts dao silencio de rodagem que nao faria feio em antigos rolls royce onde um mero polo 1 6 e mais veloz e rapido que qualquer carro nacional de 1976 inclusos ai dodges e maverick v8 originais onde um monte de gente nunca nem andou em carro sem direçao hidraulica ou abs entenda que falamos de algo muito diferente disso nao gostar de chevette e muito mas muito mais facil que gostar e definitivamente um gosto adquirido nao e para todo mundo mas para um certo tipo de pessoa e uma coisa nada menos que sensacional e tudo tinha a ver com seu comportamento quando dirigido a moda uma direçao sem assistencia mas um pinhao e cremalheira tao preciso leve ao rodar e comunicativa que foi parar ate em carro de formula 1 era uma direçao viva que mudava peso com o solo velocidade e situaçao; que carregava esforço quando se carregava roda dianteira; que quando a traseira saia sozinha ia para posiçao de contra esterço ideal que delicia era aquilo um carro atrevido que gostava de ser provocado a sair de traseira ao sair de curva que tinha um balanço de massas sensacional que se controlava a traseira com acelerador e a frente com freios e direçao criado pela turma de bob lutz na opel imitava um pouco os maravilhosos e caros alfa romeo giulia tipo 105 nos 1 4 dirige se esquecendo que existem freios; em todos eles se voce se conecta ao que ele faz bem e aprende a acender a chama de seu espirito divertido o prazer de andar rapido e simplesmente incrivel a controlabilidade quando dirigido agressivamente e a principal qualidade dos chevettes minha sobrevivencia nos irresponsaveis anos da adolescencia se deve muito mais a controlabilidade do carro do que a minha habilidade ao volante me ensinou muito o carrinho a saudosa revista motor 3 a melhor publicaçao especializada do brasil no periodo em que existiu decada de 80 ja dizia isso para um publico incredulo o chevette e o melhor carro nacional para andar rapido naquela epoca era a mais absoluta verdade o chevette era um companheiro exigindo determinaçao e um minimo de habilidade mas nos recompensando com diversao perene estava sempre disposto a ser usado com vontade e sem do e nao pedia nem oleo em troca sua personalidade era forte e palpavel um amigo inesquecivel [caption id= attachment_292167 align= aligncenter width= 999 ] kadett coupe o fastback que nao tivemos aqui [/caption] mas nem so chevettes lentos e ruins sairam das fabricas da gm e suas associadas alguns deles foram positivamente interessantes mesmo originais sem modificaçao trocar motor de chevette e muito comum todo mundo fica tentado a resolver este problema basico dele eu confesso que gosto de motor de chevette mas nao desgosto de trocas um chevette ainda e chevette sem seu motor original mas hoje vou listar para voces os meus favoritos os mais legais chevettes originais de fabrica mundo afora brasil chevrolet chevette marajo 1 6/s alcool 1988/1989 para o melhor chevette que tivemos aqui no brasil muitos escolheriam o hatch s/r 1 6 de 1981 mas eu nao apesar de ser um marco na historia do modelo aqui ser muito bonito e um carro altamente desejavel em sua epoca ainda nao era o melhor que podia ser os bancos ainda eram muito altos e sem suporte lateral o cambio ainda era o de 4 marchas o motor apesar de 1 6 litros tinha carburador de corpo simples e taxa de compressao baixa apesar de melhor que o 1 4 original nao o era por uma margem muito grande nao o melhor chevette que tivemos por aqui sao os 1 6/s a alcool produzidos a partir de 1988 neles os bancos sao muito mais modernos de espuma de pu com um formato ja moderno com suporte lateral decente e mais baixos me espanta sempre nos mais antigos como isso muda o carro o cambio e de cinco marchas desde 1983 o radiador e mais moderno em aluminio com vaso de expansao plastico igniçao eletronica depois ha o motor pistoes e bielas mais leves taxa de compressao bem mais alta novo carburador de corpo duplo chegava a 81 cv a 5 200 rpm e 12 9 m kgf a 3 200 rpm o a alcool e o melhor com taxa menor o mesmo motor a gasolina dava 9 cv a menos parece pouco mas nesse caso significa 11% a revista autoesporte mostrou que acelerava ate 100km/h em tempos parecidos com o dos vw ap ao redor dos 12 segundos ate ali campeoes de desempenho no mundo real eram uma revelaçao muito mais suaves que os motores anteriores parecia chevette gti outro carro bem mais forte e se voce soltasse a embreagem de lado com o pe cravado no acelerador e trocasse as marchas em powershift sem tirar o pe direito do chao garanto que muito pouca gente era mais rapida que voce nos primeiros 50 metros ninguem era mais rapido tudo porque o tubo de troque fazia a frente abaixar em arrancada e o carro pular feito uma perereca insana sei la 10 metros adiante sem cantar pneu quase com essa vantagem inicial muitas vezes o embate acabava ja ali e por que marajo apesar de mais pesada tinha uma distribuiçao de peso melhor nao tenho dados de quanto mas nao me espantaria se uma balança revelasse distribuiçao de peso 49/51% frente/atras e ainda mais equilibrada que o chevette sedan e um carro que e uma delicia em estradas com curvas e pouco movimento e o melhor dos chevettes brasileiros para mim e perfeito a unica modificaçao necessaria e um volante menor para me dar espaço para as pernas e melhorar seu peso meio leve demais com o volantao original o santo graal alemanha opel kadett gt/e & rallye 2 0e 1975 1978 no inicio aqui no brasil existia apenas a carroceria sedan duas portas do chevette a opel alema sempre teve mais opçoes desde o inicio hatchback sedan duas e quatro portas perua de duas portas e cupe fastback eventualmente teriamos estas versoes aqui a nao ser o esportivo fastback em compensaçao tivemos a picape chevy 500 e eles nao cada pais recebeu o chevette que merece aparentemente os alemaes tiveram tambem uma carroceria targa o kadett aero; para alguns o mais interessante dos chevettes nao o mais rapido mas um chevette aberto a envemo aqui no brasil nos deu sua versao disso modificava carros sob encomenda para esta configuraçao e muitos deles tinham motores preparados pela empresa ja pensaram em encontrar um sobrevivente deles hoje mas divago; a versao fastback gera um dos mais interessantes chevettes europeus os equipados com as versoes mais potentes do motor opel cih de quatro cilindros a primeira e o gt/e de 1975 um 1 9 1 897 cm³ com injeçao eletronica bosch l jetronic e 105 cv a 5 400 rpm tem grande sucesso em rali nas maos de um jovem walter rorhl o que faz aparecer uma versao ainda mais potente em 1977 o rallye 2 0e como dizia o nome o motor tinha agora dois litros 1 979 cm³ e injeçao para 110 cv e 190 km/h de final o melhor dos chevettes alemaes japao isuzu gemini zz/r 1981 o chevette exclusivo para o mercado domestico japones o chevette jdm ligada a gm mas independente a isuzu em 1977 lança sua versao do kadett c/chevette o isuzu gemini os japoneses sendo o que sao nao demora para aparecerem as versoes esportivas zz o mais interessante deles e sem duvida este um chevette equipado com o motor isuzu g180w um quatro em linha de 1 8 litro dohc com duas valvulas por cilindro e injeçao eletronica eram nada menos que 130 cv a 6 400 rpm o carro tambem tinha um trambulador short shift e diferencial autoblocante deixe estas informaçoes de molho na sua cabeça por um instante respire fundo agora chorar vale inglaterra vauxhall chevette hs/hsr ja falamos bastante sobre esse carro aqui no flatout mas nao custa lembrar um chevette criado para homologar um carro de rali e talvez o mais bravo e nervoso dos chevettes produzidos em serie seu motor era um 2 3 litros de quatro cilindros em linha inclinado dohc e com quatro valvulas por cilindro aparece primeiro em competiçao mas finalmente em 1978 e lançada uma versao de rua o motor recebe dois carburadores stromberg no lugar da imensa dupla de dell’orto de 48 mm de competiçao o escapamento e bem mais silencioso e restritivo tambem com isso sao declarados 137 cv a 5 500 rpm e 18 6 kgfm a 4 500 rpm os donos dos carros de rua logo descobrem que somente usando os dell’orto e o escape de competiçao chegavam a mais de 180 cv o carro de competiçao com comandos diferentes montagem cuidadosa e taxa maior chegava a 240 cv a 8 200 rpm certamente o mais lendario chevette de rua e um com um potencial de preparaçao imenso; ha noticias de carros de rua aspirados com mais de 300 cv usa isuzu impulse turbo 1987 1989 ok nao ha outra maneira de dizer isso o chevrolet chevette americano e seu gemeo pontiac 1000 era uma grande porcaria tinha uma suspensao mais molenga e menos precisa e uma carroceria diferente nunca teve uma versao interessante ja que o ss com o v6 2 8 litros nao passou de um prototipo apenas uma coisa que temos melhor que os americanos o chevette mas em compensaçao eles receberam uma versao interessantissima de um isuzu derivado de chevette que nao tivemos por aqui um carro que criado para o mercado americano com suspensao acertada na inglaterra motor e produçao japonesa e carroceria italiana talvez seja o verdadeiro chevette completo internacional e livre de outras consideraçoes mundanas desenhado para ser um carro esporte [caption id= attachment_292183 align= aligncenter width= 800 ] asso di fiori giugiaro [/caption] tudo começa em 1978 quando giorgietto giugiaro recebe em sua ital design literalmente um caminhao de chevettes a base para desenhar um novo cupe para a isuzu japonesa confiando cegamente em giugiaro os japoneses lhe deram carta branca aqui esta o chevette me faça um cupe lindao a partir disso gente inteligente esses japoneses da isuzu o resultado e o asso di fiori as de paus uma incrivel cunha de duas portas saida direto da mente deste genio mostrado no salao de toquio de 1978 e imediato sucesso de critica o carro de rua eventualmente e lançado em 1980 um chevette ja especial com um quatro em linha sohc injetado de dois litros e 120cv e chamado de isuzu piazza nos eua aparecia com outo nome impulse e recebia uma versao de 90cv do mesmo motor eventualmente se desenvolve para algo realmente interessante em 1987 o isuzu tinha uma plaquinha na lateral dizendo handling by lotus a empresa de hethel contratada pela isuzu agora que tambem fazia parte da gm especificou melhorias no chassi barras estabilizadoras diferentes pequenos ajustes de geometria molas e amortecedores diferentes freios maiores e pneus goodyear desenvolvidos para o carro some isso com uma versao turbo de 140cv do motor dois litros e se tem o maximo que o chevette jamais chegou em produçao o que olhando como mesmo o mais simples dele pode ser divertido deve ser algo realmente interessante a mente como ela sempre faz viaja imaginando isso pena que durou so ate 1989 mais um ano poderia ser importado para ca onde encontraria seu primo dos tropicos ainda em produçao e altas vendas nao e maluco isso
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