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Volvo XC40 elétrico entra em pré-venda por R$ 390.000; C40 elétrico é confirmado para o Brasil
A Volvo anunciou ontem (18) o início da pré-venda do XC40 elétrico no Brasil. O SUV movido a baterias pode ser encomendado por R$ 389.950.
Para um modelo que foi lançado em 2018, com motor a combustão, por R$ 169.950, o aumento de preço chega a assustar – R$ 220.000 a mais. Mas, além do momento complicado da economia e da indústria por conta da pandemia, o XC40 justifica o valor cobrado com tecnologia.
O XC40 Recharge, como foi batizada a variante elétrica, é movida por dois motores elétricos, um em cada eixo, que entregam juntos 413 cv e 67,3 kgfm de torque – o suficiente para ir de zero a 100 km/h em 4,9 segundos, com máxima de 180 km/h. Os propulsores são alimentados por um conjunto de baterias de 78 kWh, que garantem autonomia de até 413 km em condições ideais.
A Volvo diz que, em uma estação de recarga rápida de 150 kW, é possível recuperar até 80% da carga das baterias em 40 minutos. É possível recarregar as baterias completamente em cerca de 7 horas usando uma wallbox de 11 kW. Em uma tomada comum de parede, a recarga completa leva 11 horas.
O Volvo XC40 Recharge tem as mesmas dimensões externas das versões com motor a combustão, porém tem vão livre do solo menor (de 211 mm para 175 mm) e diferencia-se pela grade inteiriça, na cor da carroceria. O porta-malas, por causa do propulsor no eixo traseiro, é ligeiramente menor: de 460 litros para 413 litros. Por outro lado, sem o motor a combustão na dianteira, há um segundo porta-malas frontal com capacidade para 31 litros.
A fabricante espera vender cerca de 300 unidades do XC40 Recharge na fase de pré-venda, com as entregas começando em setembro. Mas quem quiser algo mais arrojado pode esperar um pouco e comprar o C40 Recharge, que também foi confirmado pela Volvo. Ele usa exatamente o mesmo powertrain do SUV tradicional mas, por conta da melhor aerodinâmica, tem autonomia um pouco maior: 420 km.
Embora a data ainda não tenha sido confirmada, estima-se que a Volvo vá anunciá-lo depois das entregas do XC40 Recharge. (Dalmo Hernandes)
Governo promete isenção de pedágio para motos em novas concessões de rodovias
O presidente Jair Bolsonaro anunciou na última terça-feira (18) a isenção do pedágio para motocicletas nas novas concessões de rodovias. A medida já vinha sendo sinalizada desde julho do ano passado – na época, Bolsonaro declarou a intenção de conversar com Tarcísio de Freitas, atual Ministro da Infraestrutura, a respeito da isenção.
Além disso, desde 2019 tramita no Congresso o Projeto de Lei nº 2844/2019, que já propunha que motoristas ficassem isentos de pedágios nas rodovias. Assinado pelo deputado federal Gutemberg Reis (MDB), o texto dizia que as motocicletas são veículos leves, que não causam danos ao pavimento, e por isso a isenção é justa.
Bolsonaro afirmou que a isenção já começará a valer na nova concessão da Rodovia Presidente Dutra (BR-116), que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, e que possivelmente novas concessões no Paraná também adotarão a medida. (Dalmo Hernandes)
Nova Ford F-150 Lightning é revelada antes da hora… pelo presidente do Estados Unidos
O recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitou nesta semana o Centro de Veículos Elétricos da Ford – parte das formalidades para o lançamento da nova F-150 Lightning, que será revelada hoje às 22h30 (horário de Brasília). Acontece que, sem se dar conta, Biden acabou mostrando a picape elétrica antes da hora.
Na verdade não foi exatamente o Presidente dos Estados Unidos, mas sim o responsável por fotografar e filmar seu pronunciamento aos funcionários da Ford e dos jornalistas. A picape estava logo atrás dele, e acabou sendo capturada pela câmera.
Claro que não dá para vê-la perfeitamente, com fotos em alta resolução, nem nada disso. O que podemos constatar, contudo, é que a nova Lightning não surpreende tanto assim – ela tem exatamente o visual que se espera de uma F-150 elétrica, com faróis de LED ligados por uma barra iluminada e grade cromada com filetes bem largos, sem aberturas para o radiador (que, bem, não existe).
Ainda não foram divulgadas informações técnicas – apenas o peso das baterias, de 816 kg (1.800 lb), que foi informado a Biden pela própria Ford depois que ele próprio perguntou.
Embora a F-150 não seja vendida no Brasil, sua versão elétrica é especialmente relevante – a F-150 é a picape mais vendida do planeta e o veículo mais vendido dos Estados Unidos. Sua versão elétrica, além de fazer justiça a uma nomenclatura emblemática, também precisa ser competente e robusta como a versão a gasolina. Então a Ford precisa caprichar nela – e, levando em conta sua nova identidade como importadora de veículos mais sofisticados no Brasil, não descartaríamos sua chegada por aqui em 2022 ou 2023. (Dalmo Hernandes)
Motorista de 102 anos renova carteira de habilitação no interior de São Paulo
Antônio Ginez Parize, morador de Avaré (SP), renovou sua carteira de habilitação nesta semana. Normalmente o fato não seria notícia, mas há um detalhe: o Sr. Parize tem nada menos que 102 anos de idade, sendo possivelmente o motorista habilitado mais velho do Brasil.
Portador de CNH AB, ele tirou sua primeira habilitação aos 47 anos de idade, e agora vai poder continuar a dirigir seu VW Santana vinho, que usa para ir ao supermercado e à academia.
O Detran ressalta, porém, que a validade da CNH do Sr. Parize é de apenas um ano – em 2022, ele precisará renová-la novamente, passando por exames médicos e psicotécnicos. Além disso, por conta da idade avançada, o centenário tem algumas restrições: ele não pode dirigir em rodovias e nem conduzir o carro após após o pôr-do-sol.
Por outro lado, é admirável que o Sr. Parize tenha condições de dirigir, e torcemos para que ele possa continuar curtindo seu clássico sedã por muito mais tempo. (Dalmo Hernandes)
Seria esta uma Ferrari V6 ou uma F8 Tributo híbrida?
Faz quase seis anos que ouvimos pela primeira vez a notícia de que a Ferrari voltaria a fazer um esportivo com motor V6 central-traseiro. Desde então alguns protótipos misteriosos tidos como o novo modelo deram as caras e se revelaram mulas dos então novos V8 da marca.
A última vez que se falou do V6, foi em uma interpretação criativa do pessoal do site Motor Authority, que ouviu de um funcionário do alto escalão da Ferrari, durante o Salão de Genebra, que o novo híbrido da marca seria lançado dali a “dois ou três meses”. Na ocasião, o site britânico misturou a confirmação aos rumores de um novo V6 e a notícia se espalhou como sendo a confirmação do lançamento do V6, mas o carro em questão era o SF90 Stradale, o segundo híbrido da Ferrari.
Depois dele, um novo híbrido misterioso andou dando as caras nos arredores de Maranello ao longo de 2020 (acima). Agora, em 2021 o carro apareceu novamente com uma nova camuflagem sobre a carroceria da SF90, e roncando diferente de qualquer V8 da marca — incluindo a própria SF90 Stradale. Considerando a mula que, supostamente, carrega o V6 híbrido flagrada em 2020, acreditamos que esta é realmente um protótipo da Ferrari V6.
Isso, porque nos planos da Ferrari para os próximos cinco anos, apresentado em 2018, a marca anunciou que planejava lançar 15 novos modelos e hibridizar 60% de sua linha até 2022. O coronavirus, claro, atrapalhou o ritmo, mas não os projetos, o que significa que a hibridização completa será adiada em um ou dois anos. Logo, qualquer novo carro da marca certamente será um modelo híbrido. Mas o que nos leva a crer que, desta vez, este é mesmo o novo V6 é o cruzamento dos planos com os recentes lançamentos.
Desde o anúncio dos planos, em 2018, a Ferrari lançou os modelos Monza SP1 e SP2, Portofino, 812 GTS, SF90 Stradale, Roma, F8 Tributo e 812 Competizione. Ou seja: oito modelos dos 15 previstos. Os outros sete modelos serão, certamente, a sucessora da 488 Pista, baseada na F8 Tributo, as sucessoras híbridas da atual linha 812, duas versões da Purosangue (sucessoras da GTC4 e GTC4 T), a sucessora da LaFerrari e o aguardado modelo de entrada com motor V6.
Sabemos que a mula é compacta e tem motor central traseiro, o que exclui a sucessora da LaFerrari, as duas versões da Purosangue e as sucessoras da 812 e 812 GTS. Como o modelo não tem ronco de motor V8, nos parece pouco provável que seja a F8 “Pista”. Por eliminação, portanto, concluímos que ela pode ser a nova Ferrari de entrada com o motor V6.
Contudo, considerando a meta de hibridização da Ferrari, ainda é possível que esta mula esteja adiantando um facelift da F8 tributo para 2022, com um powertrain híbrido. Como a F8 tributo não é baseada na mesma plataforma da SF90 — e, portanto, não comporta o powertrain híbrido, a SF90 é quem está servindo de mula para o modelo. (Leo Contesini)
Mercedes revela monobloco do novo SL
Já faz alguns anos que noticiamos aqui mesmo, no Zero a 300, que a nova geração do SL voltaria a se relacionar com o cupê esportivo de topo da Mercedes como era originalmente, nos anos 1950. Se o AMG GT é o sucessor indireto do 300SL, é coerente, no mínimo, que seu roadster seja um SL. Especialmente quando a Classe SL fica perdida na linha com a recriação da Classe S Cabriolet.
Quando a Mercedes confirmou o fim do AMG GT Roadster em prol da nova Classe SL, imaginamos que a “transformação” do SL na versão roadster do AMG GT aconteceria por meio de um facelift que rebatizaria o roadster como SL, apenas. Mas agora, com estas imagens do monobloco do novo SL, parte da estratégia foi revelada, mas restam algumas dúvidas no ar.
Primeiro: o monobloco é significativamente diferente do atual AMG GT, que é o mesmo do SLS AMG. Trata-se de um monobloco mais longo, com uma menor distância entre o eixo dianteiro e a parede corta-fogo, um assoalho traseiro mais baixo e alongado na metade posterior, o que, à primeira vista, impede a instalação de um transeixo. Além disso, a Mercedes confirmou que este monobloco foi desenvolvido para ser um 2+2 (sim, um SL 2+2), o que inviabiliza de vez o uso de um transeixo — especialmente porque, além dos bancos traseiros, é preciso ter espaço para a suspensão independente e para a capota recolhida. O novo monobloco é 18% mais rígido à torção que seu antecessor, e tem 50% mais rigidez transversal que o AMG GT Roadster.
Aparentemente é uma tentativa de tornar o SL mais apto a encarar o 911 Cabriolet. Mas isso deixa uma dúvida: como será o AMG GT Coupé? Ele manterá a plataforma exclusiva ou será uma variação fechada deste monobloco que estamos conhecendo hoje? Caso isso aconteça, ele deixará de ter o câmbio na traseira, o que deverá reorganizar a distribuição de massa — especialmente com um eixo dianteiro mais próximo da cabine.
Evidentemente, não há impedimento para manter a plataforma atual. Atualmente o AMG GT 4 portas também tem esse parentesco com o AMG GT Coupé, mas é baseado em uma plataforma totalmente diferente. Talvez seja uma opção da AMG manter o SL em uma plataforma mais acessível dado que o modelo aberto não é usado da mesma forma que o cupê — da mesma forma que a Porsche não faz versões abertas dos modelos GT. O lançamento do novo SL deve acontecer no segundo semestre de 2021. (Leo Contesini)