hoje devemos começar falando que ha duas escolas de desenvolvimento de motores a combustao para automoveis uma e a americana motores pequenos relativamente ao seu deslocamento mas potencia alcançada via alto deslocamento os motores americanos se desenvolveram assim por um motivo extremamente prosaico nunca existiu legislaçao referente a deslocamento nos eua [caption id= attachment_363865 align= aligncenter width= 999 ] o gm ls7 da escola americana v8 200 kg 7 litros 7000 rpm 500 cv[/caption] sem um limite de deslocamento a eficiencia de um motor era estudada partindo de seu peso consumo e potencia usando alta cilindrada e alta taxa de compressao outra invençao americana via aditivos como chumbo tetraetila nas bombas dos postos os v8 do pos guerra todos ohv com so um comando no vale do v eram certamente os melhores motores de sua epoca leves potentes e eficientes apesar de rotaçoes relativamente baixas eram tambem motores simples duraveis e modulares ja na europa sempre existiram legislaçoes de potencia fiscal que tentavam manter os motores e os carros menores; por uma questao de espaço mesmo essas legislaçoes evoluiram para limites de cilindrada que existem ate hoje se tornaram comuns; a china por exemplo adota impostos crescentes a cada 500 cm³ a partir de 1 litro ate um maximo de 4 litros deslocamento acima do qual se estabiliza o imposto por isso a china hoje sendo o maior mercado mundial se popularizaram as cilindradas de 1 0 1 5 2 0 e assim por diante ate o onipresente v8 biturbo de 4 litros no teto superior [caption id= attachment_363866 align= aligncenter width= 800 ] o v8 4 0 biturbo aqui bmw[/caption] legislaçao e entao um motivo que a potencia especifica se tornou medida popular o cv/litro e importante quando os carros estao limitados em tamanho de motor tambem emissoes tornaram motores deste tipo mais comuns carros de motores menores emitem menos mesmo mais potentes por isso a escola americana discutivelmente a mais natural foi praticamente abandonada apenas a gm americana permanece fazendo motores nesta escola ainda que so em seus carros mais potentes picapes corvette cadillac esta essencialmente morta https //flatout com br/a origem do motor twin cam/ a base da escola europeia pede entao motores mais eficientes em bombeamento ja que o enchimento mais completo dos cilindros e a velocidade possivel de ciclagem disso sao essenciais para mais cv/litro por isso a maioria dos carros hoje tem 4 valvulas por cilindro vela central e dois comandos e o desenho mais eficiente https //flatout com br/ohv ohc dohc uma perspectiva cronologica/ mas nao e algo novo ja contamos aqui no flatout a sensacional historia dos charlataes um grupo de pilotos e engenheiros que contratados pela peugeot em 1912 introduziram ao mundo o motor de duplo comando de valvulas no cabeçote que logo em seguida receberia 4 valvulas por cilindro de 1912 ate 1982 pouca coisa mudou aqui alem de evoluçoes de materiais e metodos de produçao eram essencialmente iguais [caption id= attachment_363868 align= aligncenter width= 879 ] o peugeot l76 1912 primeiro duplo comando[/caption] mas ai a evoluçao foi retomada nao na mecanica; nos controles do motor que passaram a ser cada vez mais eletronicos agora sim na alimentaçao e na igniçao tambem mas hoje vamos falar sobre como evoluiu o conceito basico de 1912 simplesmente se controlando melhor o movimento das valvulas do motor valvulas de movimento variavel o comando de valvulas tinha um problema basico que inicialmente era dificil de resolver acionado pelo motor rodava fixo sempre igual com uma geometria de movimento fixa exigindo uma otimizaçao media do movimento de abertura e fechamento das valvulas bem como o curso de abertura em baixas velocidades as passagens idealmente precisam ser restritas para melhor enchimento e abertas em alta opostos e por isso que antigamente tinha se comandos que embaralhavam em marcha lenta eram regulados como em competiçao para funcionar bem em alta rotaçao somente eles engasgavam e embaralhavam o motor em baixa rotaçao ate que em certa rotaçao alisava e subia de giro com vontade o meio termo era conseguido porem; varios carros como principalmente os italianos mestres na arte da carburaçao multipla conseguiam um compromisso bem interessante principalmente os carros de grande cilindrada os ferrari lamborghini e maserati mas existia o compromisso e todos conheciam; so nao existiam ainda os meios para contorna los [caption id= attachment_363870 align= aligncenter width= 999 ] duas valvulas twin spark[/caption] uma forma conhecida eram polias de comando regulaveis acertando a posiçao angular do comando em relaçao a polia de acionamento podia se ajustar esse compromisso mais para alta em pista por exemplo nao se mexia aqui no curso das valvulas; so a hora em que seus movimentos ocorriam em relaçao a posiçao dos pistoes mas era uma mudança ja perceptivel; se houvesse uma forma de se mudar isso automaticamente com o motor funcionando [caption id= attachment_363871 align= aligncenter width= 999 ] quatro valvulas vela no centro[/caption] a inovaçao ocorre primeiro na italia entao; mais especificamente na alfa romeo que com motores exoticos dohc como os ferrari e cia nao tinha porem grande cilindrada a empresa pioneira do duplo comando nas ruas estudava ja a bastante tempo as possibilidades em 1980 aparecia sob a patente americana nr 4 231 330 no alfa romeo spider 2000 com injeçao um sistema vvt mecanico no comando de admissao [caption id= attachment_363872 align= aligncenter width= 999 ] alfa romeo spider com injeçao e vvt nos anos 1980[/caption] o sistema continuou evoluido quando em 1987 a alfa romeo lançou sua ultima evoluçao do motor do giulia/giulietta o tradicional alfa twin cam neste motor ainda de duas valvulas por cilindro duas velas compensavam o fato de que o centro da camera estava ocupada pelas grandes valvulas aparece novamente na posterior versao fiat twin spark 16v quase por marketing; nas 4 valvulas por cilindro justamente se libera espaço geometrico no cento para uma vela so fazer o trabalho a contento como todo sistema a mais que se coloca num motor adiciona custo um dos impedimentos classicos para a adoçao mais geral do dohc ate os anos 1980 mas com o crescimento das legislaçoes antipoluiçao acaba por se relevar este custo; em pouco tempo todos eram dohc com o dohc abre se a possibilidade depois do trabalho pioneiro da alfa romeo para os vvt [caption id= attachment_363873 align= aligncenter width= 960 ] o motor twin spark 8v do 75[/caption] vvt e o variable valve timing maneira que se convencionou se chamar essas polias que variavam sua posiçao em relaçao ao comando depois da alfa romeo a fiat que comprou a marca continuou usando a e o sistema se popularizou agora com comando eletronico realizado pela central de injeçao/igniçao do motor a bmw para ficar num exemplo de uma empresa avida por inovaçao lançou seu vanos no comando de valvula de admissao somente no inicio no motor m50 de 1992 depois se estenderiam ao comando de escape tambem o duplo vanos [caption id= attachment_363854 align= aligncenter width= 768 ] rev/hyper vtec honda inova[/caption] como sabemos bem a honda em paralelo a isso trabalhava em outro sistema que variava nao a fase mas o perfil do comando o levante e duraçao do movimento de fechamento e abertura das valvulas era fixo determinado pelo perfil dos lobulos do eixo comando de valvulas o desenho do lobulo rotativo e copiado linearmente pela valvula por meio de seu tucho afinal de contas como variar isso [caption id= attachment_363856 align= aligncenter width= 626 ] o honda vtec[/caption] a honda eventualmente descobriria como adicionando outro lobulo extra com outro desenho de maior levante que entrava em operaçao via acionamento hidraulico e comando eletronico a uma rotaçao predeterminada hoje conhecemos este sistema pelo nome de vtec permitia comando manso ate o meio da faixa e levantamento suficiente para quase 9000 rpm sem problema algum em alta [caption id= attachment_363855 align= aligncenter width= 999 ] rev valvulas acionadas ou nao[/caption] mas o jeito que descobriu isso foi meio tangencial a primeira ideia da honda era num motor de 4 valvulas por cilindro fechar duas valvulas durante operaçao de baixo rpm para dar a restriçao e velocidade necessarias para maior enchimento do cilindro em alta abrir todas as valvulas normalmente para maior fluxo e velocidade bolou um jeito de eletronicamente comandar fluxo hidraulico para um pino que travava a valvula ao seu tucho com o pino solto o comando girava normalmente em cima do tucho mas sem movimento de valvula que permanecia fechada acionado o pino a valvula abria e fechava solidaria ao tucho e comando era o rev revolution modulated valve control foi lançado na primeira motocicleta da marca a levar a sigla cbr a cbr400r nc17 lançada em dezembro de 1983 apenas para o mercado japones entao esta primeira cbr diferente de suas sucessoras nao tinha carenagem era naked e tinha um motor quatro em linha dohc/16v arrefecido a ar de 399 cm³ onde o sistema rev abria as quatro valvulas a partir de pasme 9500 rpm a moto chegava a nada menos que 60 cv a 13 000 rpm [caption id= attachment_363853 align= aligncenter width= 999 ] a cbr400 de 1983/1984 rev[/caption] o sistema de acionamento deste pino via eletrohidraulica permitiu entao o vtec um lobulo de comando mais bravo ficava bobo como a valvula do rev em baixa rotaçao; comandado o pino ele travava o balancim no comando mais agressivo fazendo ele mandar na operaçao da valvula ou das valvulas pronto levante e duraçao de comando variaveis e o vtec o vtec foi introduzido em automoveis num motor dohc/16v no japao em 1989 no honda integra xsi com 1 6 litros e 160 cv aspirados algo incrivel entao no mesmo ano a europa viu a chegada do vtec no honda civic e no honda crx 1 6i vt o mercado americano viu seu primeiro sistema vtec no v6 do nsx em 1990 foi um grande sucesso e por isso o sistema rev foi renomeado hyper vtec dali em diante mas o vtec era variavel somente em cima de dois perfis fixos de comandos ou um ou outro sem nenhuma variaçao no meio o ideal imaginaram imediatamente todos os engenheiros de motor era variar continuamente o movimento da valvula so nao se sabia como entra em cena a bmw com seu sistema valvetronic o sistema e complexo e caro mas realiza exatamente esta funçao de variar o levantamento maximo da valvula a todo momento atua eletricamente numa alavanca ou mais de uma intermediaria entre o comando e o balancim da valvula; variando esta alavanca via uma engrenagem permite mudar o curso maximo da valvula e numa faixa enorme inicialmente variava o lift maximo de 0 18mm a 9 9 mm o que permite algo realmente fantastico que particularmente demorei a acreditar quando soube dele pela primeira vez no bmw 316ti compact em 2001 dispensa o uso de uma borboleta na admissao sim voce ouviu corretamente acelera sem borboleta o comando da borboleta se torna desnecessario pois a restriçao de ar ou o inverso de restriçao para mais velocidade e possivel de ser conseguida atuando diretamente na valvula de admissao a borboleta e uma valvula extra necessaria devido justamente a imprecisao da valvula do motor nao e incrivel mas ainda assim esta preso a geometria fixa do comando claro inicialmente nao era usada em alta performance mas hoje o s58 dos m3/m4 e valvetronic tambem para o entusiasta e um pouco menos interaçao direta nao ha como nao ver isso nao ha mais borboleta para quem ainda gosta de um cabo ligando o pe a alma do motor uma tristeza tudo e filtrado pelo hal2000 mas nao importa e para frente que se anda o proximo avanço aqui e eliminar totalmente o comando mecanico e operar a valvula com controle eletronico direto o problema e como fazer isso fisicamente num motor muita gente tenta ha bastante tempo o koenisegg freevalve vem a cabeça mas ainda sem sucesso veremos se um dia alguem num momento eureca resolve isso; os ganhos serao consideraveis nenhum ganho vem sem perda porem o custo tambem aumentara de novo nao se iluda cada uma dessas inovaçoes significa mais peças e mais peças significam mais dinheiro ou voce e daqueles que acha que o dobro de comandos e o dobro de valvulas vem para voce de gratis nao nao e ser contra inovaçao de maneira nenhuma; todas elas que mencionamos aqui sao sensacionais tanto intelectualmente quanto no mundo real mas e sempre bom lembrar o motivo do aparecimento de cada inovaçao e o que ganhamos e perdemos com elas nada e perfeito no mundo tudo e um compromisso e no fim apenas uma escolha de qual caminho iremos seguir mesmo que a escolha nao seja sua ela existe e te afeta diretamente
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