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Conheça a nova família Zontes de 350 cm³
Zontes é mais um daqueles nomes inventados chineses, que soam, aos ouvidos ocidentais, provavelmente pior do que imaginados por seus criadores chineses. A marca é representada no Brasil pela JTZ Motors, tradicional importador da marca japonesa Suzuki, e outras marcas chinesas.
A marca lançou esta semana no país sua nova linha de motocicletas de 350 cm³. São sete modelos, que vão desde atualizações das motos de 310 cm³ que já conhecíamos, até alguns modelos inéditos. Os preços partem de R$ 28.880 para a naked R 350 e chegam a R$ 34.500 para o scooter 350 E.
Todas exceto o scooter recebem um monocilíndrico quatro tempos arrefecido à líquido, DOHC com quatro válvulas. Mede 84,5 x 62 mm, para um total de 348 cm³. Com injeção eletrônica Bosch e taxa de 12,3:1, fornece saudáveis 41 cv a 8.300 rpm e 3,34 mkgf a 7.300 rpm. Relação final por corrente, seis marchas e partida elétrica.
O motor do scooter também é monocilíndrico quatro tempos arrefecido à líquido, mas tem só um comando, apesar de também ter quatro válvulas em seu único cilindro. Mede 77 x 74,9 mm e 349 cm³, tem taxa de 11,8:1, injeção Bosch. Fornece ainda ótimos 39 cv a 7.500 rpm e 3,9 mkgf a 6.000 rpm.
Além do scooter grandão até então inédito, as 350 da marca formam uma família inteira nova. A mais simples e barata é a R350, uma motor que a marca chama de Naked, um termo que normalmente implica uma esportiva com as carenagens retiradas, mas na verdade é tão Naked como uma CG125 é Naked. Custa R$ 28.880,00.
Depois há a cruiser V350 uma moto de estilo moderno também sem carenagem; custa R$ 32.600,00. Com estilo mais retrô, mas sem cair no saudosismo exagerado, está a café racer GK 350, por R$ 32.600,00. Há uma moto no inevitável tema harlístico custom, ainda que aqui mera sugestão: a S350 por $ 31.870,00. As aventureiras, miniaturas das big trail tão populares hoje, saem por R$ 32.300,00 (T350) e R$ 33.800,00 (T350X); a versão T350X vem a mais com rodas raiadas e aro 19 na frente.
O scooter 350E é modelo separado, e tem preço sugerido de R$ 34.500. Traz sofisticações como freios ABS, modos de pilotagem selecionável, controle de tração, ajuste elétrico no para-brisa, partida keyless. Vem também com dois porta-luvas e um generoso espaço sob o assento que comporta até dois capacetes fechados.
Os preços são convidativos (estranhamente, mais baratas que as antigas 310), e as motos parecem modernas. Há obviamente vários sabores para a mesma coisa aqui, então todo mundo pode encontrar algo que gosta. O único problema aqui é a falta, ainda, de reconhecimento de marca, e o “orgulho de possuir” que vem disso. Algo que talvez o tempo resolva, se se mostrarem boas e confiáveis. Veremos. (MAO)
Renault Arkana na Argentina
Em entrevista, o presidente argentino da Renault, Pablo Sibilla, disse que o Renault Arkana, um desses esquisitos SUV-cupezados modernos, à venda desde 2020 na Rússia, será vendido também na Argentina.
O que é um Renault Arkana? Calma, que já explico. Mas vale dizer já que o carro é algo originalmente desenvolvido para mercados de segunda linha como o nosso; o fato de que virá para a Argentina coloca já a possibilidade de vir para o Brasil. Não há confirmação disso, claro; por enquanto, só Argentina.
Não seria difícil ser feito aqui: O Arkana estreou na Rússia construído sobre a plataforma Renault B0+, uma variante fortemente revisada da plataforma B0 usada por modelos como o Duster. O modelo russo usa o motor turbo a gasolina de 1,3 litros combinado com a transmissão CVT.
Mas pera aí: há outro Arkana. Na Coreia do Sul existiu o Renault Samsung XM3, usando a plataforma modular CMF-B e relacionado ao Renault Captur de segunda geração. É 25 mm mais longa que o Arkana baseado em B0 vendido na Rússia, equipado com um motor turbo a gasolina de 1,3 litros híbrido, combinado com transeixo DCT de 7 velocidades. Este carro coreano, depois, foi lançado nos mercados europeus fora da Rússia (e outros países da antiga USSR) como Renault Arkana também.
Engraçado notar que este Arkana europeu, nos países que formavam a Iugoslávia, é chamado Renault Mégane Conquest. Arkan era nom de guerre de Željko Ražnatović, um político e comandante paramilitar sérvio acusado de crimes de guerra; por lá, o “carro do Arkan” não ia vender muito, daí a mudança de nome.
Mas enfim. Qual dos Arkana virá para a Argentina? Provavelmente a versão europeia, já que deve ser importado da Coreia do Sul, diz o site Motor 1. A linha argentina da Renault hoje tem os modelos Duster, Koleos e Mégane E-Tech; este seria mais uma opção. Uma opção mais refinada ao Duster e, ao mesmo tempo, mais acessível que o caro Koleos. Virá também para cá? Veremos! (MAO)
Lotus Evija X bate recorde no Nurburgring
Fica mais fácil de entender o que acontece na Lotus hoje explicando eventos empresariais recentes. A Lotus efetivamente se dividiu em dois negócios antes de seu IPO em fevereiro.
A Lotus Cars, a antiga empresa de carros esporte, permanece sediada em Hethel, Inglaterra – onde o Emira é construído, efetivamente o carro da empresa que conhecemos tradicionalmente como Lotus. A Lotus Technology, parte listada na NASDAQ, é a divisão que irá projetar e construir os novos modelos elétricos: SUV Eletre, supersedã Emeya, supercarro Evija. Eles foram projetados em um estúdio separado em Coventry, e na Alemanha, sendo construídos em uma nova fábrica em Wuhan, China. Duas empresas, e não em sentido figurativo! Mas que vendem carros de mesma marca, na mesma concessionária, e de mesmo dono.
Enfim. A Lotus Technology lançou agora mais uma versão do seu supercarro elétrico: o Lotus Evija X. É uma versão apenas para pista, que, incrível, é lançado com um feito importante: O mais rápido carro “de rua” a dar volta no Nurburgring Nordschleife.
Sim: bateu o recorde do Mercedes-AMG One. Completou a volta em 6 minutos e 24 segundos, ou 11 segundos a menos que o Mercedes. Os alemães podem reivindicar apenas a mais rápida volta com motor a combustão. Fazer o quê, Mercedes? Nada é para sempre. Ainda que o carro da Lotus meio que estica a definição de carro de rua, aparentemente: é um recorde de “chassi de rua”; o X não é homologado aparentemente.
O recorde aconteceu em outubro de 2023, em pista molhada. Há potencial para melhorar. A Lotus diz que vai tentar diminuir o tempo ainda. Barrabás.
Além da aerodinâmica mais radical com uma asa enorme, o carro tem pneus Pirelli junto com novos amortecedores e freios de fibra de carbono. A configuração geral é a mesma de antes: quatro motores elétricos, 2.011 cv de potência e 174 mkgf. O carro é todo de fibra de carbono; ainda assim o Evija básico pesa quase 1900 kg. Não sabemos se isso diminuiu ou aumentou no X. A bateria é relativamente pequena, de 70 kWh, montada no meio, atrás dos assentos.
A Lotus diz que o 0-100 km/h é em menos de 3 segundos, e de 100 a 300 km/h também são 3 segundos. Incrível. É limitado eletronicamente a 350 km/h. Não se sabe o preço do X, mas o Evija normal custa algo em torno de US$ 2.300.000 (R$ 11.776.000) na Inglaterra. O X não vai ser mais barato. (MAO)
Carros elétricos iguais aos a gasolina agora, diz Mercedes-Benz
A revista Autocar inglesa informa que a Mercedes-Benz vai mudar a linguagem de estilo de seus carros 100% elétricos, a linha que até ontem se chamava “EQ”, nome que agora parece estar de saída. Parece um passo para a normalização: se todo Mercedes será elétrico no futuro, nomes e estilos diferentes perdem sentido.
Robert Lesnik, chefe de design exterior da marca, disse à revista que Isso significará linhas de modelos como o Mercedes-Benz EQE e o Mercedes-Benz E-Class estarão “se unindo novamente”.
Esta direção de design já foi prevista por uma nova opção de grade cromada tradicional para o Mercedes-Benz EQS (“Faz o carro parecer completamente diferente”) e pelo recém-revelado Mercedes-Benz G580 “with EQ technology”. que parece quase idêntico aos G-class “normais”.
Diz o executivo: “Sempre dissemos que os elétricos de primeira geração deveriam ter uma aparência diferente. Uma arquitetura construída especificamente merecia um projeto construído especificamente.” Agora, parece que não é mais necessário.
Duas coisas possíveis nesta mudança de direção: a primeira é o declarado. Faz sentido, ainda que pareça cedo: a linha EQ nem é tão velha assim, afinal de contas. A segunda possibilidade é que não deu muito certo, tanto em estilo, quanto em nomenclatura. O fato é que, apesar de ainda estar dedicada ao futuro elétrico, a linha elétrica EQ, ao que tudo indica, já era. (MAO)